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Investir segunda parcela do 13º na poupança é o melhor negócio
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
19/12/2010 | 07:12
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Amanhã é o último dia para as empresas pagarem aos funcionários a segunda parcela do 13º salário. E para aqueles que conseguiram se planejar sem criar dívidas contando com este provento, será a chance de dar o pontapé inicial nos investimentos. Porém para aqueles que não escaparam dos débitos já estabelecidos, a indicação dos especialistas é pagar todas as dívidas possíveis.

Para o professor de finanças da FGV-EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas), Samy Dana, os consumidores que não se endividaram têm a chance de engordar seu capital. Para quem não pretende correr grandes riscos, o professor aconselhou a aplicação na caderneta de poupança ou em títulos do governo federal.

"A poupança paga 6% ao ano mais a taxa referencial, o que resulta aproximadamente em 8,7% ao ano. Outra opção mais rentável são os títulos do governo, que podem ser comprados por meio do Tesouro Direto e pagam taxa de, aproximadamente, 10,75% ao ano", explicou Dana.

RISCO - Quem está com folga no orçamento e quiser arriscar mais para tentar melhores rendimentos pode investir no mercado de capitais.

"O trabalhador que recebe R$ 2 mil como 13º e decide investir essa quantia durante dez anos na Bolsa de Valores poderá ter cerca R$ 55 mil reais de rendimentos, ganho de mais de 90% em comparação com a poupança", afirmou por nota o economista-chefe da Corretora Souza Barros, Clodoir Vieira.

De acordo com o conselheiro da Anefac José Ronel Piccin, não é necessário muito dinheiro para começar os investimentos. "Com R$ 1.000 é possível começar os investimentos. Existem fundos de renda fixa que aceitam esta quantia inicial", explicou. Ele orienta que os futuros investidores pesquisem aplicações com baixas taxas de administração.

DÍVIDAS - Para Dana, o interessante é começar liquidando as dívidas mais indesejáveis, ou seja, donas dos maiores juros. "As dívidas mais caras, como cartão de crédito e cheque especial, devem ser priorizadas. O recomendável é não gastar mais de um terço do 13º em despesas de fim de ano como presentes e ceia de Natal", explicou, por nota.

Conforme última pesquisa de custo de crédito ao consumidor da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), os juros do cartão de crédito estavam em 10,69% ao mês, em novembro.

Calculando o preço desta modalidade de empréstimo, o consumidor que adquirir R$ 500 pelo plástico, pagaria após um mês da contratação R$ 53,4 de juros. Este acréscimo de valor seria suficiente para presentear um parente ou um filho no Natal.

No caso do cheque especial, o levantamento da Anefac revelou que o juros médio mensal ficou em 7,59%. Portanto dívidas dessas modalidades devem ser priorizadas para que não virem bolas de neves com as taxas elevada.




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