Começa nesta quinta, com a exposição de 51 trabalhos de Desenho de Humor e Quadrinhos, a 4ª Mostra de Artes de Diadema. No total, serão exibidas 241 obras de nove diferentes linguagens – artes plásticas, dança, desenho de humor, fotografia, música, teatro, circo, vídeo e literatura – pré-selecionadas entre 368 inscritas. Pela primeira vez o evento será descentralizado, com atrações em seis centros culturais da cidade. A mostra termina dia 25 e o anúncio dos vencedores será feito em 6 de agosto no Centro Cultural Vladimir Herzog.

Assim como no ano passado, a Mostra abrigará o Prêmio Plínio Marcos, que contempla os três primeiros colocados de cada categoria com prêmios de R$ 850 a R$ 1,5 mil. Circo, que estréia este ano como categoria desvinculada de artes cênicas, não entra na competição. “A produção de circo tem melhorado e a própria categoria reivindicou essa independência. Então, este ano, participam como pleiteantes”, afirma o coordenador geral da Mostra, José Aparecido Krichinak. A linguagem será representada por cinco espetáculos.

Teatro terá oito montagens, duas das quais voltadas ao público infantil. Uma delas é A Revolução dos Livros. Outra é Inútil Canto – No Vale das Sombras, espetáculo baseado em texto de Plínio Marcos, cujo tema é um questionamento à condição humana. Em ambas, a direção é de William Figueiredo.

Em dança, há 12 espetáculos agendados. Tumbador, uma das atrações, foi concebida e dirigida por Jurandir de Sousa, e levada ao palco pela Comunidade Negra do Campanário.

“Tumbador significa porão, o porão dos navios negreiros nos quais eram trazidos os escravos. Eles, embora fossem todos da mesma região, tinham dialetos diferentes e, por isso, se comunicavam por meio do toque de tambor”, afirma o coreógrafo.

Por conta disso, toda encenação de Tumbador se passa no que seria um porão, mas o cenário não tem por finalidade ser realista, e sim fazer alusões à cultura trazida por esses homens. Essa é a quinta criação da companhia, que se dedica apenas a focalizar o universo da cultura afro.

Em Artes Plásticas a mostra reúne 73 trabalhos; em fotografia, 21; em música, 24; vídeo, 4; e, em literatura, 33, incluindo poesia, prosa, cordel e outros gêneros.

Krichinak diz que o objetivo da Mostra é estimular a produção local, e acredita que um dos pontos fortes seja a possibilidade de intercâmbio entre produtores de linguagens diferentes. “A Mostra também serve como um termômetro da produção cultural da cidade”, afirma. A maior parte dos concorrentes é amadora. Por isso, há sempre a recomendação de os jurados fazerem críticas construtivas sobre os trabalhos e transmiti-las aos artistas. Mesmo aos vencedores.