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Reciclagem de garrafas PET movimenta R$ 1 bilhão no Brasil
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
09/11/2008 | 07:04
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No início dos anos 1990 chegaram ao Brasil as garrafas descartáveis de 2 litros, conhecidas como PET. As poucas empresas que já se aventuravam a reciclar plásticos naquela época, se atentaram à novidade e passaram a reaproveitar o material também. Desde 1994, o potencial de reciclagem cresceu 14 vezes. Em 2007, 231 mil toneladas de garrafas foram recicladas no País, o que representa 53,5% do total das embalagens produzidas. Este ano, a atividade deve movimentar cerca de R$ 1 bilhão na economia.

"A garrafa PET reciclada está em praticamente tudo: vassouras, roupas, carpete e forro de veículos, edredons, etc.", conta Hermes Contesini, presidente da Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET).

Segundo Contesini, a região é uma das maiores recicladoras do Brasil. "O Grande ABC vai muito bem, e possui o ciclo fechado, pois há cooperativas de catadores de garrafas, fabricante de fibra de poliéster proveniente de PET e indústrias que utilizam o material em sua produção."

Dois bons exemplos são a Repet, de Mauá, que compra fardos de PET reciclada e os transforma em flocos e a Unnafibras, de Santo André, que fabrica a fibra a partir desses flocos. "Fomos os pioneiros no País, quando ainda não havia sistema de coleta. O crescimento da empresa aconteceu conforme foram aparecendo cooperativas, sucateiros e programas em escolas. Em 1996, produzíamos 700 toneladas por mês. Este ano, estamos com uma média de 2,5 mil toneladas mensal", conta José Rubens Spada, presidente da Unnafibras, que detém a Repet.

De acordo com Spada, são consumidos 35 milhões de garrafas por mês em seu negócio, que fatura R$ 250 milhões por ano. Atualmente, o quilo da PET reciclada, ou seja, 22 garrafas, custa R$ 1,20. Sem imposto, o quilo da fibra poliéster é vendido a R$ 2,80 - preço médio, já que para cada tipo de indústria se tem um tipo de fibra. Com a alta do dólar, o mercado doméstico é favorecido, pois há uma forte competição com o produto chinês, em parte proveniente da material virgem, ou seja, do petróleo. A diferença fica por conta da reciclagem. E o meio-ambiente agradece.




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