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Alunos de Sto.André recebem uniforme no primeiro dia de aula

Previsão é a de que os kits de inverno sejam distribuídos até o fim do mês

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
07/02/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Estudantes da rede municipal de Santo André receberam, ontem, a primeira leva dos kits de uniforme escolar – peças de verão –, além de todo o material didático para o ano letivo de 2019. A promessa é a de que as vestimentas de inverno sejam distribuídas até o fim do mês. No total, a administração investiu R$ 4,5 milhões na aquisição dos itens, que atenderão os 33 mil alunos, de 88 unidades de ensino.

O prefeito Paulo Serra (PSDB) realizou entrega simbólica dos kits em duas Emeiefs (Escolas Municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental) da cidade – Darcy Ribeiro, no Parque Novo Oratório, e Elisabete Leonardi , na Vila Homero Thon. “Hoje (ontem) é um dia muito feliz para nossa gestão. É a primeira vez que as aulas de Santo André começam com entrega completa de material e uniforme, o que foi um grande desafio a ser conquistado. Quando se fala em educação estamos falando de futuro, da nova geração andreense, que vai nos ajudar a dar continuidade à construção desta cidade. Acredito que agora estamos no caminho certo”, falou.

O kit de uniforme de verão conta com duas camisetas de manga curta, uma camiseta polo e uma bermuda. Já as peças de inverno são uma camiseta de manga longa, calça e jaqueta. No caso do material escolar, o conjunto inclui agenda escolar, caderno de desenho, tinta guache, lápis de cor, tesoura sem ponta, entre outros itens.

Em 2017, início da gestão Paulo Serra, os itens foram entregues no primeiro trimestre e, no ano passado, a distribuição ocorreu durante o primeiro mês de aulas. “É gratificante ver o sorriso no rosto das crianças e o alívio dos pais. Estamos retomando a dignidade e a qualidade do ensino municipal”, finalizou o prefeito.

REGIÃO
Duas outras cidades também conseguiram entregar uniforme escolar para os estudantes dentro do prazo esperado, nos dois casos, antes do início do ano letivo. Em São Bernardo, a ação foi concretizada na segunda-feira para os 82 mil alunos. A previsão é a de que a distribuição das peças seja concluída em até dez dias em todas as 182 escolas da cidade, além das 20 unidades conveniadas. Ao todo, R$ 16 milhões foram investidos na compra dos itens, sendo R$ 10,6 milhões para os uniformes, R$ 3 milhões para o material escolar e R$ 2,7 milhões na aquisição de mochilas.

O primeiro município a garantir o benefício foi São Caetano, que, há uma semana, começou o processo de depósito do auxílio-uniforme escolar, no valor de R$ 210, para os responsáveis pelas 22 mil crianças matriculadas na rede. Já o kit de material escolar está em fase final de licitação – a Prefeitura aderiu à ata de registro de preços da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), do governo do Estado de São Paulo.

Na terça-feira, a Prefeitura de Diadema entregou aos 33 mil alunos da rede material escolar completo. Entretanto, a compra dos uniformes teve licitação finalizada na última semana. Não foi informado prazo para a entrega das vestimentas.

Já em Mauá, a administração informou que 8.956 kits de material escolar estão sendo organizados para a entrega aos alunos matriculados. Quanto ao uniforme, a Prefeitura informou que tem a pretensão de que os itens sejam distribuídos ainda no primeiro trimestre.

Em Ribeirão Pires, a expectativa é a de que os kits com uniforme e material sejam disponibilizados aos estudantes a partir da próxima semana. Rio Grande da Serra não retornou aos contatos do Diário até o fechamento desta edição.


Demanda reprimida por creche ainda é de 3.500 estudantes

A Prefeitura andreense tem a meta de entregar seis creches – destinadas a crianças com idade entre zero e 3 anos – até dezembro. O planejamento tem como principal objetivo reduzir a demanda reprimida de 3.500 crianças nesta faixa etária que ainda aguardam oportunidade de estudar. Em janeiro, reportagem do Diário mostrou que, juntas, as sete cidades têm missão de criar 13,4 mil postos.

Morador da Vila Matarazo, o casal andreense Jefferson Basaglia, 30 anos, e Larysse Ingrid Oliveira Raiol, 27, seguem com dificuldade para conseguir vaga em creche para a filha caçula, Yara Oliveira Basaglia, 1. “Não temos condições de pagar escola particular, e temos gastado, também, para pagar pessoas para olhar a Yara enquanto trabalhamos. Infelizmente, ela segue na fila de espera”, disse Larysse. A mãe foi ao Conselho Tutelar pedir ajuda para, ao menos, colocar Yara na escola. “Disseram (conselheiros)que farão de tudo para conseguir uma creche para a minha menor. Me pediram prazo de 15 dias, mas já avisaram que, se não for possível, terei de ir em busca de liminar judicial.”

Por meio de nota, a administração andreense destacou que “a meta é entregar dez unidades até 2020 e, com isso, acabar com a fila de espera para vagas em creches”.


Prefeito critica falta de gestão e diz que não tem como ajudar FSA

A ausência de CND (Certidão Negativa de Débito) por parte da FSA (Fundação Santo André) tem sido um dos principais entraves para que a instituição de ensino superior receba ajuda capaz de minimizar a grave crise financeira em que se encontra desde 2015. O problema foi criticado, ontem, pelo prefeito Paulo Serra (PSDB), que destacou não possuir meios de contribuir para a manutenção do centro universitário. Em reportagem publicada ontem, o Diário destacou que apenas 7% das vagas disponibilizadas pela FSA para o ano letivo de 2019 foram, de fato, preenchidas – dos 6.090 postos abertos, até o momento foram contabilizadas 438 matrículas.

“Eles (reitoria) precisam pôr ordem na casa. Quando estiver arrumado, a gente pode ajudar cada vez mais. O que temos feito é colaborar de forma jurídica no processo de regularização da entidade, para que a gente possa, por exemplo, retomar as bolsas de estudo. Isso já tem inclusive orçamento previsto”, explicou o prefeito. Os 500 benefícios concedidos, no valor de R$ 200, foram encerrados em meados de 2018. “Temos a intenção, sim, de reativar as bolsas, mas, para isso, a situação jurídica tem de estar consolidada.”

Paulo Serra ressaltou, ainda, que não tem gestão da FSA e que a instituição de ensino superior está apenas em área pertencente ao município. “Cabe ao prefeito escolher, historicamente e por tradição, o reitor mais votado. O fato de o prédio ser público não nos dá o direito de intervir”, considerou.

A FSA nega que a situação seja preocupante e afirma ter 3.000 alunos para 2019. 




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