O São Caetano pagou caro, literalmente, para mandar no Pacaembu a partida contra o Corinthians, domingo, pela segunda rodada do Campeonato Paulista. Além de ter sido goleado por 4 a 0, o resultado do boletim financeiro liberado ontem apontou prejuízo de R$ 26 mil.
A mudança do Estádio Anacleto Campanella para São Paulo foi tentativa frustrada da diretoria em lucrar com a presença de corintianos, mas o tiro saiu pela culatra, já que apenas 7.348 pagaram para ver o duelo.

A renda bruta da partida foi de R$ 238.230, insuficientes para cobrir o custo do jogo, que foi de R$ 264.907,82, principalmente por conta das despesas operacionais e do aluguel do estádio, que é da prefeitura de São Paulo e custou R$ 36.613.

Algumas razões foram decisivas para o fracasso na iniciativa e o público abaixo da média para jogos do Corinthians. A principal é que, como o São Caetano era o mandante, os corintianos não puderam usufruir do Fiel Torcedor, programa para sócios-torcedores do Timão que dá vantagens, além de ingressos mais baratos. A chuva também atrapalhou a presença do público. Os clubes ainda tiveram de superar queda de energia elétrica no primeiro tempo.

A capacidade do Anacleto Campanella é de 14.967, ou seja, seria suficiente para sediar o jogo. Em 2017, os dois clubes da região que mantiveram os mandos em seus estádios lucraram. O São Bernardo recebeu R$ 82.288, 81 contra o Santos e R$ 93.077,18 contra o São Paulo. Já o Santo André acumulou R$ 188.322,67 no duelo ante o Peixe no Bruno Daniel.

Para melhorar sua imagem perante os fãs, a diretoria do São Caetano anunciou ontem que os jogos contra Mirassol, dia 4, e Red Bull, dia 10, ambos no Anacelto Campanella, terão a promoção do Futebol Sustentável, na qual os torcedores podem trocar duas garrafas PET por ingresso.