Um fato que causa expectativa é a reaçao pública dos políticos à proposta de implantaçao de um teto salarial que pode chegar a R$ 23 mil. Como o novo teto foi divulgado quando o Congresso já estava esvaziado pelo Carnaval, muitos parlamentares aproveitaram para esquivar-se do debate, deixando a tribuna apenas para os partidos da oposiçao.

A reaçao dos parlamentares deverá tornar-se mais clara na próxima semana, quando os deputados e senadores terao sentido a receptividade da proposta entre seus eleitores. O binômio teto-salário mínimo deverá continuar dominando as discussoes da Casa. A comissao especial da Câmara que debate o salário mínimo terá audiências públicas na terça, quarta e quintas-feiras da próxima semana. O presidente e o relator da comissao, deputados Paulo Lima (PMDB-SP) e Eduardo Paes (PTB-RJ), disseram que continuarao trabalhando esta semana em Brasília, mas avisaram que nao conseguirao apresentar um parecer definitivo no dia 16.

Só entregarao um parecer preliminar, que servirá de base para os debates, mas sem citar valores. O relatório definitivo só sairá no dia 31 de março. Também serao retomadas as negociaçoes sobre a proposta de emenda constitucional (PEC) que limita a ediçao de medidas provisórias. No plenário, serao reiniciadas as votaçoes dos destaques à PEC da reforma do Judiciário. No Senado, as sessoes deliberativas serao retomadas já na próxima segunda-feira, para permitir que na quarta-feira, dia 15, seja concluída a votaçao da proposta de emenda que permite a Desvinculaçao de Receitas da Uniao (DRU). Se nao houver emenda nessa votaçao em segundo turno, a PEC poderá ser promulgada e permitirá que o Congresso aprove finalmente o orçamento da Uniao para este ano.