Vídeo que circula em redes sociais mostra
supostos pedaços de papel em tempero
A Secretaria de Educação de São Bernardo vai realizar testes para saber a composição de pasta de alho distribuída às 179 escolas municipais e creches conveniadas do município. O motivo é um vídeo que circula em redes sociais no qual funcionárias da creche conveniada Casa das Crianças Menino Jesus mostram supostos pedaços de papel misturados com o produto dentro da embalagem.
Segundo o secretário da Pasta na cidade, Paulo Dias, em cerca de 15 dias estarão prontos os laudos da empresa e o da Prefeitura, feitos em laboratórios diferentes. O principal intuito é esclarecer oficialmente a composição do tempero.
“Com o tempo, o alho picado fica de uma cor mais escura. Essa mesma empresa, que já fornecia o produto para nós, misturou a ele fibras de bambu para que não tenha oxidação e fique com a cor clara por mais tempo. De acordo com as especificações, pode haver até 2% deste material no tempero. Porém, queremos fazer esse levantamento técnico para não deixar nenhuma dúvida sobre o assunto”, disse.
Após a formulação dos documentos, caso haja alguma irregularidade, a Prefeitura vai entrar com ação contra a empresa. Todas os potes de alho destinados à merenda escolar foram recolhidos e só devem voltar às cozinhas após a conclusão do caso. “Porém, se o produto estiver normal, vamos entrar com ação contra a funcionária que fez as acusações no vídeo. Ela expõe uma criança e faz afirmações que não foram confirmadas”, disse o secretário.
O Diário foi até a creche, localizada no bairro Planalto, conversar com os dirigentes sobre o ocorrido, porém, eles não se manifestaram. O advogado representante da Congregação São João, mantenedora do espaço, Irineu Trentin Júnior, afirmou que a creche aguarda a análise do produto. “A congregação recebe a merenda escolar da Prefeitura como contrapartida. Fazemos controle rigoroso dos alimentos antes de oferecer às crianças. Nós devolvemos o produto imediatamente à Prefeitura, mas a funcionária não deveria falar o que contém na embalagem sem de fato saber o que é. É uma opinião particular dela”, afirmou.
O profissional destacou que o vídeo não expressa a opinião da creche. Inclusive, ele está enviando um documento ao Google para que o nome da instituição seja retirado do YouTube.
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