Política Titulo Diadema
José Augusto pede licença da Secretaria de Saúde
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
05/04/2013 | 07:00
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Secretário de Saúde de Diadema, o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB) pediu licença de uma semana do cargo. Ele foi substituído pelo ex-vereador Satossi Kitahara, atual diretor do Quarteirão da Saúde.

Apesar do afastamento temporário a pedido do tucano, o tema é tratado com cautela por integrantes do governo Lauro Michels (PV) e por vereadores situacionistas porque José Augusto sofre pressão no cargo desde que foi nomeado, em janeiro. A versão extraoficial dada por funcionários da Pasta é que José Augusto solicitou a licença por problemas particulares e que retorna às atividades na próxima semana.

A turbulência mais recente foi o anúncio da manutenção do fechamento do ambulatório pediátrico na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim das Nações, popularmente conhecido como hospital infantil. Promessa de campanha de Lauro, a reabertura do departamento foi adiada por José Augusto em resposta a requerimento feito pelo vereador e presidente do PT, Josa Queiroz.

No mês passado, José Augusto não conseguiu terminar explanação sobre a situação da Secretaria de Saúde em balanço fiscal trimestral obrigado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Com plenário lotado de militantes petistas, o secretário encerrou a atividade sob protestos dos presentes.

Além da tumultuada relação com petistas, o tucano recorre de dois processos por improbidade administrativa em Brasília. Se não conseguir reverter punições sofridas no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), pode ser obrigado a sair de sua função pública.

Outro fator que desgasta o ex-prefeito e ex-deputado é sua própria atuação à frente da Pasta. José Augusto decidiu enfrentar médicos que atuavam por poucas horas no município, mas recebiam salários integrais. A postura ocasionou a demissão de mais de 30 médicos, todos a pedido dos próprios profissionais.

A indicação de Arabela Fonseca (PSDB) para dirigir a UBS do Jardim Paineiras também gerou críticas. Secretária de Educação na gestão de José Augusto (entre 1989 e 1992), Arabela adotou postura bastante rígida com relação ao trabalho de médicos e enfermeiros.




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