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Centrais vão às ruas colher assinaturas
Por Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
12/02/2008 | 07:02
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Para divulgar a causa e mobilizar os trabalhadores, as centrais sindicais fizeram nesta segunda-feira um ato político no Centro de São Paulo para lançar nacionalmente a campanha pela redução da jornada de trabalho sem diminuir salários.

As seis centrais presentes – CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores) – montaram barracas na região central da Capital para colher assinaturas em um abaixo-assinado em prol da mudança da jornada de trabalho de 44 horas para 40.

A idéia é que o documento, com mais de um milhão de assinaturas, seja encaminhado ao Congresso Nacional para que se abra a discussão sobre a redução do período semanal de trabalho, o qual já apresenta uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que está parada no Senado.

“Estamos fazendo em um local público porque queremos chamar a atenção das pessoas. A coleta de assinaturas, na verdade, é um modo de pressionar o Congresso”, afirma Artur Henrique, presidente da CUT.

Segundo o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a orientação para os sindicalistas é buscar a redução não apenas por meio Legislativo, mas também nos acordos coletivos. “Queremos um debate nacional e em todas as negociações coletivas deverá ser incluída essa discussão. Não excluímos também um debate sobre a reforma tributária”, explica.

Segundo os dirigentes, com a redução do período de trabalho serão criados 2,252 milhões de empregos. Combinado com a limitação de hora extra, a abertura de vagas pode passar dos três milhões. “Também vamos ajudar a combater a informalidade”, afirma Ricardo Patah, presidente da UGT.

Os cerca de 100 sindicalistas que participaram do ato contaram com o apoio de 50 motoboys, que faziam um protesto também no Centro. O abaixo-assinado circula até o dia 1º de maio. Para alguns dirigentes, a expectativa é chegar a cinco milhões de assinaturas.




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