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CPI da Craisa já pensa em prorrogação
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
11/05/2006 | 07:56
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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) dificilmente cumprirá o prazo de 45 dias   para investigar as supostas irregularidades no processo licitatório para transporte de merenda. O mais provável é que o ‘Grupo dos Nove’(número de vereadores que faz parte da comissão) utilize o expediente previsto no regimento e peça mais 45 dias. O problema é que esta prorrogação coincidirá com o período de recesso na Casa, fazendo com que também a CPI paralise suas atividades.

A CPI foi instalada dia 2 para investigar a denúncia do empresário José Caboclo Neto, que, além de supostas irregularidades na licitação, envolveu o secretário de Governo, Mário Maurici em suposto pedido de propina de R$ 130 mil para a campanha à  reeleição de João Avamileno (PT).

Os dois nomes que ocupam os principais cargos na comissão (presidente e relator) tentam minimizar a questão. “Se os vereadores acharem que a não prorrogação prejudicará a CPI, obviamente discutiremos o assunto. Por mais ditadora que eu possa parecer, temos de fazer esta analise democraticamente”, diz a presidente Heleni de Paiva (PT).

O relator José Ricardo (PSB) compartilha da idéia de que o prazo é apertado, mas afirma não haver problema caso a comissão tenha de pedir prorrogação. “Se o tempo não for suficiente para elucidarmos todos os itens apontados, pediremos mais dias, pois se trata de algo regimental. Não há problema com relação a isso. Estamos tranqüilos”, ressalta.

Já o oposicionista Paulinho Serra (PSDB) é mais enfático em sua análise. “Na minha visão é bastante complicado. O prazo é bem reduzido e teremos de ouvir muitas pessoas no processo”, acredita. O tucano lembra que nesta quinta-feira o grupo da oposição que integra a CPI (quatro vereadores) encaminhará uma lista com oito nomes que deverão ser ouvidos inicialmente.

Dúvidas – A petista Heleni de Paiva confirma que a prorrogação do prazo coincidirá com o recesso da Câmara. Questionada, ela não quis entrar no mérito se isso atrapalharia o ritmo dos trabalhos, já que a CPI estaria numa crescente e teria de ser interrompida por conta das férias dos vereadores.

“Não tenho muito claro se a CPI vai superar os 45 dias. Além disso, podemos nos empenhar para conseguir cumprir o prazo e evitar que as investigações se arrastem durante o recesso. Mas aí teremos de pegar três, quatro, depoimentos por diar”, analisa a presidente.

Heleni fez questão de salientar que, se necessário, “e a comissão aceitar”, não haverá problemas para que os trabalhos passem a ser feitos também em outros dias que não sejam apenas às terças e quintas-feiras. “Não existe nenhum impedimento para que isso aconteça”, confirma.



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