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Viaduto em Sto.André completa um mês no breu
Por Ana Carolina Negrão
Especial para o Diário
26/04/2006 | 08:27
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Os estudantes da Fundação Santo André ainda convivem com medo ao andar nas redondezas da faculdade à noite. O viaduto Luís Meira, em frente ao campus do bairro Príncipe de Gales, está completamente às escuras. Abaixo do viaduto, na avenida Prestes Maia, o breu também é total. Nesse trecho da avenida, há um ponto de ônibus, onde estudantes esperam ônibus para ir embora. O problema ocorre há um mês, desde que foi furtada a fiação subterrânea do viaduto. Na ocasião, a Prefeitura prometeu repor a fiação, mas, terça-feira, informou que ainda não há previsão para fazê-lo.

Os motoristas que passam pela região também reclamam da falta de visibilidade provocada pela escuridão. “Passo por aqui todos os dias para buscar minha namorada na faculdade. Apesar de ser difícil de enxergar os pedestres no escuro, tenho mais medo de assalto do que de acontecer um acidente”, afirma o operador de marketing Igor Polinari, 25 anos.

Assim como Igor, o analista financeiro Leandro Fernandes Barbosa, 29 anos, está com medo de passar pela região sozinho. “Já presenciei um assalto próximo à rotatória quando ainda tinha luz, imagina então nessa escuridão”, afirma o estudante do 4º ano de Economia. Ele diz que uma colega de sala de aula foi vítima de assalto na praça, entre o viaduto e a Fundação. “Não passo por baixo do viaduto de jeito algum”, afirma Barbosa.

“Isso está uma vergonha, não passa polícia fazendo ronda por aqui”, afirma a comerciante Simone Batista da Silva, 45 anos. Simone trabalha há dois anos em uma lanchonete dentro da fundação e todos os dias espera o irmão buscá-la, à noite. “Temos até um código, ele buzina do outro lado da Prestes Maia quando está chegando enquanto fico esperando na pracinha em frente a saída da Fundação. Só quando ele pára o carro é que atravesso a rua na pracinha do viaduto”, explica.

Na última semana do mês de março, foram roubados três quilômetros de fios de cobre que passavam no subterrâneo do viaduto. Os vândalos teriam utilizados pedaços de madeira para erguer as tampas de concreto, que dão acesso aos poços de visitação dos dutos, e puxaram a fiação. A investigação do caso está com o 4º DP da cidade, que ainda não tem pistas sobre o autores do furto.

O diretor de manutenção da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, Ícaro Pinto Monteiro, afirmou, na ocasião, que a Prefeitura iria utilizar a técnica de envelopamento, que é cobrir os fios subterrâneos com concreto para evitar novos furtos. Na mesma semana, faria uma vistoria no local.

De fato, a Prefeitura informa que a vistoria foi finalizada, mas que o Departamento de Manutenção e Obras ainda verifica os custos para a realização dos serviços.

Lauro Gomes – Situação semelhante ocorre a região entre o posto da Polícia Militar, no bairro Sacadura Cabral, e o Sesc Santo André, na Vila Palmares. A única ciclovia da região que passa pela avenida Lauro Gomes, na Vila Valparaíso, está sem iluminação há mais de seis meses. Assim como o viaduto, todos os postes de um quilômetro de via estão às escuras. No mês passado, a Prefeitura informou que também não há previsão para a recolocação dos cabos de iluminação.

O estudante de Administração da Fundação Santo André Ricardo Ribeiro Fernandez, 27 anos, foi assaltado próximo ao Sesc. “Há 20 dias, fui abordado por um sujeito quando passava pela favela Tamarutaca há 20 dias. Será que não há nenhum orgão para resolver estes problemas. Reclamei à Prefeitura pela internet, mas nada foi feito.” (Supervisão de Cláudia Fernandes)



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