Artigo

Como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá tenho tido a oportunidade de visitar e conhecer alguns países. Quando viajo para as nações mais desenvolvidas, em vez de me concentrar nas lojas dos shoppings, prefiro me dedicar às pessoas e tentar entender por que, em condições semelhantes ou piores que as nossas, pois muitos passaram por grandes guerras, conseguiram grau de desenvolvimento social e humano que pode nos servir de exemplo.

Descubro, a cada viagem, que os povos que mais se recuperam e reconstroem suas nações, mesmo depois de intensa participação na Segunda Guerra Mundial por exemplo, são povos que protegeram sempre suas crianças, em todos os níveis sociais.

Na Inglaterra, por exemplo, uma criança que for abandonada por seus pais é encaminhada para centros de apoio, onde têm acesso a Saúde e escola. Ou é entregue para o cuidado de outras famílias em condições comprovadas de adoção.

Nos Estados Unidos, nas cidades que já visitei, procurei e felizmente não encontrei uma criança sequer nas ruas. E as que vi estavam sempre acompanhadas das mães, principalmente, ou dos casais. E em cada bairro vi espaços destinados ao lazer e à Educação infantil.

O que esses países nos mostram é que compensa investir no futuro. E aqui, no Brasil, infelizmente sabemos que temos mais de 2 milhões de crianças nas ruas, de um total de 8 milhões de meninas e meninos abandonados por suas famílias. Estamos, na verdade, jogando fora nosso futuro.

Ao deixar que nossas crianças sejam abandonadas no meio do trânsito, sujeitas a todos os perigos e obrigadas a se entregar ao crime organizado para terem mínima chance de sobrevivência.

Enquanto, como sociedade civil, como dirigentes políticos e comunitários, nada fizermos, somos cúmplices dos que jogam o futuro do Brasil no meio da rua. E é para chamar a sua atenção que voltarei sempre a esse tema e ao mesmo tempo mobilizo meus companheiros e companheiras do sindicato, nossos aliados dos partidos políticos e do Congresso Nacional para, pelo amor de nossa Pátria, colocar fim a tanto desperdício do futuro de nossa Nação.

E você, meu amigo e minha amiga, o que tem feito? O que acha que deve ser feito?

Cícero Martinha é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sto.André e Mauá.

PALAVRA DO LEITOR

Bebidas na Copa

Deputado Orlando Morando, parabenizo-o pelo PL 203/12 e Artigo ímpar inerente à questão da liberação de venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa. Chega a ser repugnante a subordinação de nossas autoridades políticas e o silêncio da Justiça ante a imposição da Fifa, CBF e outros mandantes ocultos. Desde antes, a sociedade consciente e preocupada já comenta que se espera que se emane algum poder que possa dar cabo a essa arbitrariedade. Senão, havendo jurisprudência, solicito buscar respaldo para que o Estado faça prevalecer a proibição. O último parágrafo do artigo denota perfeitamente em síntese o que separa a sensatez dessa promulgada e insensata Lei da Copa. Será que os brilhantes políticos que aprovaram tal lei previram nos termos condicionantes aos impositores a prover com recursos próprios o traslado gratuito do estádio para casa e custear tratamentos advindos dos possíveis excessos? A sociedade não pode aceitar essa arbitrariedade!

José Lenes Sousa Santos, São Bernardo

Salário-mínimo 1

É uma vergonha o anúncio da ministra Miriam Belchior sobre o valor do salário-mínimo em 2013! Em 2010, ano eleitoral e para conseguir votos, Lula foi à imprensa e alardeou aos quatro cantos tal reajuste; agora estão quietinhos. É lamentável ter o País comandado por essa gente! De quanto será o reajuste dos ministros e deputados? Sabiam que os militares ficaram de fora do fundo de previdência pública? Sabem por quê? Medo dos militares, que vão continuar recebendo integralmente suas aposentadorias sem contribuir com um centavo sequer. Enquanto o trabalhador privado arca com o peso das mamatas desse governo irresponsável.

Ailton Gomes, Ribeirão Pires

Salário-mínimo 2

Somos mais de 9 milhões de aposentados que ganham acima do salário-mínimo, sendo constrangidos, espezinhados, discriminados e alvitrados por essa política nefasta imposta pelo PT. Lula e Dilma continuam nos achatando a cada ano nos reajustes de nossos salários. Nos últimos anos já perdemos mais de 40% nas nossas aposentadorias! E o pior é que não tem a quem reclamar! Não faltam recursos para manter as mordomias dos apaniguados dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, mas para os aposentados não existem. O que podemos fazer? Nada. Ou seja, podemos formar corrente de aposentados e futuros aposentados e divulgar por todos os meios as nossas indignações com esses políticos. Precisamos dar um basta, votando contra todos candidatos deste governo e seus aliados. Assim mostraremos o nosso descontentamento com esses políticos que não fazem nada para ninguém, só para si.

Manoel Borges, Santo André

Resposta

Em resposta à carta do leitor Mário de Souza, de Mauá (Sem compromisso, dia 18), gostaria de dizer que a definição do meu vice-prefeito não está tomada. O empresário José Roberto Lourencini é sim grande nome e preocupado com a cidade de Mauá. Quanto à Educação, ele também é professor e casado com diretora de escola estadual em Mauá. Em relação à professora Ângela Donatielo Lopes, gostaria de dizer que realmente ela é uma das mais competentes profissionais da aérea de Educação que conheço, que também vem sendo sondada para a vice-Prefeitura. Por isso venho dizendo que esta escolha irá partir da população, e não da minha vontade pessoal. Portanto, agradeço sua manifestação e reitero meu compromisso com a Educação.

Vanessa Damo (PMDB Mauá), deputada estadual

Grana

Carlos Grana, candidato a prefeito de Santo André, deve ser tão eficiente e competente que se não levar o Lula junto ao palanque tenho impressão de que nem os petistas irão ao seu comício. Aliás, aproveito para pedir que leve a ministra Miriam Belchior junto e, se tiver coragem, peça que ela, durante o comício, informe que o governo federal petista irá apenas repassar a inflação real como aumento aos aposentados que ganham mais que um salário-mínimo. Afinal, todos (será?) os aposentados petistas ganham só o salário-mínimo!

Carlos Varhidy, Santo André