Política Titulo Irmão de ex-prefeito
Pádua acumula R$ 1 mi em impostos atrasados no Grande ABC

Político foi executado pelas prefeituras de Mauá, S.Caetano e Ribeirão por falta de pagamento

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
21/02/2020 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


Ex-chefe de gabinete da Prefeitura de São Caetano, Antônio de Pádua Tortorello acumula R$ 1 milhão em dívidas executadas por prefeituras do Grande ABC na Justiça. A maioria dos débitos é referente a atraso no pagamento de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de imóveis no nome do irmão de Luiz Olinto Tortorello, prefeito de São Caetano e que morreu em 2004.

O Diário mapeou 12 processos que correm nos fóruns de São Caetano, de Mauá e de Ribeirão Pires nos quais Pádua é o executado. Em um deles, que tramita na Justiça de São Caetano, foi movido pela Fazenda nacional, que cobra R$ 548,9 mil do político por impostos em atraso.

Em Mauá, a Prefeitura requisitou quitação de R$ 435 mil em tributos atrasados, incluindo multas e correção. Em uma das ações, a administração mauaense exige o pagamento de R$ 228 mil por cotas de IPTU em aberto de imóvel na região do Jardim Santa Lídia.

Em Ribeirão Pires, são três os processos de execução fiscal ajuizados – um de R$ 3.915,78, outro de R$ 1.317,45 e um terceiro de R$ 2.205,80. Todos pelo fato de Pádua não ter honrado com o IPTU de imóvel na Rua Suenari Kajiya, uma pequena via na saída da Estrada de Sapopemba.

Já em São Caetano, além da cobrança da Fazenda nacional, outros dois processos correm no fórum local, um de R$ 15,2 mil e outro de R$ 7.353,47.

Além dos impostos em atraso, Pádua foi multado em R$ 6,7 milhões pela Prefeitura de Ribeirão Pires por suprimir irregularmente vegetação de um terreno que ele possui no bairro Quarta Divisão.

Apuração feita por técnicos da administração ribeirão-pirense apontou que Pádua retirou ilegalmente e queimou a mata nativa, além de movimentar terra dentro de área de proteção permanente. Foram identificadas irregularidades em 25.379 metros quadrados do terreno.

Pádua, nos governos do irmão, exerceu função de chefe de gabinete e homem forte da gestão. Foi à frente desse posto que ele foi denunciado pelo Ministério Público de liderar esquema de cobrança de propina e direcionamento de licitações de obras públicas. Ele chegou a ser condenado em um dos processos que se desmembraram do caso Cressoni – o empresário Antônio José Cressoni denunciou as irregularidades sobre contratos públicos.

Ontem, ele não foi localizado para comentar as pendências de impostos que tem com prefeituras da região. No dia 4, quando o Diário mostrou a dívida que o Paço de Ribeirão cobra, ele argumentou se tratar de assunto particular e que jornal “não tinha de se meter com isso”. 




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