Esportes Titulo Futuro
Região é Brasil na
ginástica em Londres

As chances de medalhas na Olimpíada de Londres, em julho,
saem do talento dos atletas Zanetti, Sasaki, Daniele e Diego

Ligia Valezi
Especial para o Diário
30/04/2012 | 07:00
Compartilhar notícia


Grandes promessas brasileiras da ginástica artística levam pedacinho do Grande ABC à Olimpíada de Londres, em julho. Dos oito atletas que representarão o Brasil na Europa, metade tem ligação com a região.

O são-caetanense Arthur Zanetti desponta como a principal aposta brasileira na Inglaterra. O atleta foi prata nas argolas no Mundial de Ginástica, em outubro, no Japão, e no Pan de Guadalajara, no México, onde também conquistou o ouro na disputa por equipes. Além disso, foi o melhor da Universíade, na China, no ano passado, além de ter conquistado o ouro na etapa croata da Copa do Mundo, no sábado.

Zanetti treina no Serc/Santa Maria, em São Caetano. Quando tinha 7 anos, um professor de educação física avaliou o perfil do garoto e percebeu que tinha talento. "Ele viu que era mais baixo, rápido e conversou com minha mãe sobre treinar para ginástica."

Para o atleta, a região dispõe de boa base para os iniciantes. "Muitos ginastas saíram daqui. Acredito que a região tem boa estrutura, além de dar incentivo ao esporte", contou.

O ginasta Sérgio Sasaki aguarda ser convocado oficialmente pela Confederação Brasileira para participar dos Jogos. O são-bernardense treina no Flamengo, no Rio de Janeiro, mas deu os primeiros saltos no clube Mesc, também aos 7 anos. Sasaki teve rápida passagem pela equipe são-caetanense.

O atleta foi um dos responsáveis pelo ouro de equipes que a Seleção conquistou no Pan-Americano de Guadalajara. O ginasta ainda foi campeão no salto e vice no solo na etapa da Copa do Mundo de Doha, no ano passado.

Os irmãos andreenses Diego e Daniele Hypólito também são esperança nacional de medalha. Os dois treinam no Flamengo, no Rio. Está será a segunda vez que o bicampeão mundial participa da maior competição da modalidade.

Daniele, que alcançou a inédita oitava colocação brasileira por equipes nos Jogos de Pequim, chega à quarta edição.

DESCONHECIDOS
Enquanto o ginasta Diego Hypólito tem o rosto facilmente reconhecido pelo público, os jovens atletas da Seleção Brasileira de Ginástica Artística Arthur Zanetti e Sérgio Sasaki ainda são anônimos para os brasileiros.

"Acho que ser famoso tem o lado positivo e o negativo. Por um lado chegam mais patrocínios, mas também perdemos a liberdade", explicou o são-bernardense. "Mas nosso principal foco nem é ser famoso, isso tudo é consequência do nosso trabalho", finalizou.

Quando entro para competir não vejo nada, diz Zanetti

Ao entrar em um ginásio para participar de competição, o ginasta são-caetanense Arthur Zanetti disse que fica tão focado na série, que se desliga das coisas ao seu redor. "Estou tão concentrado que não escuto ninguém e não vejo nada. Só quando estou terminando a série que ouço meus companheiros de equipe dando apoio", explicou.

Apesar disso, o ginasta contou que a torcida passa muita energia para o atleta. "Existe pressão positiva que vem do ginásio, que incentiva", garantiu.

Nas semanas que antecedem as competições, os atletas deixam de lado os treinos pesados para cuidar mais do lado psicológico. "Sabemos que nosso corpo já está pronto. Fazemos tratamento com psicólogos que ajudam a nos acalmar", explicou Zanetti.

O ginasta Sérgio Sasaki tem técnica antes de entrar no ginásio: ouvir música. "Parece que dá um gás antes de competir", afirmou o são-bernardense.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;