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Outro pai faz denúncia contra PM
Por Leandro Calixto
Do Diário do Grande ABC
17/09/2005 | 07:06
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Uma nova denúncia surgiu no final da tarde de sexta-feira envolvendo policiais que fazem a Ronda Escolar da EE Ayrton Senna. Após tomar conhecimento da denúncia feita pela manicure Railda Coutinho, o metalúrgico U.R.L., 48 anos, também morador de São Bernardo, disse que sua filha, M.R., 15, e outras sete alunas, foram detidas por policias que fazem ronda na escola do bairro Terra II.

<p>Segundo ele, a agressão teria ocorrido no último dia 30. Os estudantes estavam em frente da escola, se preparando para ir a uma disputa de vôlei feminino no bairro Paulicéia. A ronda teria sido chamada para dispersar as atletas. Houve uma discussão entre alunas e policiais. As estudantes teriam entrado no ônibus para seguir à escola onde haveria a competição. Os policiais teriam novamente perseguido as alunas.

<P>"A partir daí, houve troca de agressões verbais e um dos policiais disse que todas as alunas estavam presas", lembra a estudante M.R. Em seguida, as alunas foram encaminhadas para o 3º DP (Distrito Policial) e ficaram por quase oito horas para averiguação do caso na delegacia. "Fomos humilhadas e chegaram a ameaçar mandar a gente para Febem. Estou traumatizada até hoje. Tenho medo de sair para rua", disse a adolescente.

<p>O pai da estudante não esconde a revolta com a forma que sua filha e as demais estudantes foram tratadas pela polícia. "Estou indignado. Acho que eles foram autoritários. Trataram as meninas como se fossem bandidas. Como cidadão, trabalhador e sabedor dos meus direitos, me sinto envergonhado e enojado com tudo isso", detonou o metalúrgico.

<P>A exemplo da manicure Railda, o metalúrgico também pretende fazer uma denúncia por escrito para a ouvidoria da polícia. "Quero que se faça justiça. Tantos bandidos vadiando pelas ruas, e estes caras (policiais) implicando com adolescentes. O pior é que as meninas foram revistadas por policiais homens."

<p>Assim que soube deste novo caso, por volta das 17h40 de sexta-feira, a reportagem tentou falar com o comando da polícia, através de telefonemas e e-mails, mas não obteve retorno.




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