Palavra do Leitor Titulo
Vestibular, concurso: estudar e lembrar

Desde o alvorecer de nossa existência, nos ensinam a olhar para fora...

Dgabc
22/02/2012 | 00:00
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Artigo

Desde o alvorecer de nossa existência, nos ensinam a olhar para fora de nós mesmos. Quando estamos a apreender o mundo, é natural que nosso alimento seja muito mais externo. Mas, aos poucos, é necessário intercalar e voltar-se também para o interno. Não temos controle sobre o real, portanto a frustração é sempre uma possibilidade. Precisamos aprender a lidar com isso de forma saudável. Essa dinâmica de focar no externo cria padrão que, por vezes, não temos consciência, mas que nos domina. O hábito de direcionar a atenção no que está fora do nosso alcance. A prática de focar no que não sabemos, em detrimento do que sabemos. Na medida em que focamos no que não é, nos afastamos do que é.

Contudo, o tema aqui é sobre os momentos em que nos colocam à prova. Ora, deve saber muito, afinal, estudou horas sem descanso. Presenciou diversas aulas, trocou impressões com colegas, até dormiu sobre o livro. É provável que haja muita informação armazenada em sua memória. Por que, então, lhe parece insuficiente o que sabe? Digo que as informações estão onde você as deixou, mas onde foi que as deixou? Com tudo o que entramos em contato, independentemente da forma, é armazenado na memória. E tudo o que está dentro de si é seu, e assim sendo, tem acesso irrestrito. Por que, então, não encontra? Podemos tecer algumas hipóteses. Durante a vida nos especializamos para sermos bons comunicadores, aprendemos como passar informações, nos fazermos ser compreendidos. Estabelecemos conexão cada vez mais próxima com a internet. Isso deixa a nossa mente preguiçosa. É necessário equilíbrio, podes permanecer com a conexão externa, todavia, deve-se treinar também a interna.

Tal comunicação é possível, na medida em que nos voltamos para nosso mundo interno, no exercício de lembrar. Sempre após estudar, feche os olhos para o externo e abra para o interno. Conheça dentro de si, queira saber onde as informações são armazenadas, crie intimidade com elas. Crie formas de organizá-las de um jeito particular, algo que tenha significado para você. Na medida em que estuda, e simplesmente joga as informações dentro de si e as abandona, o mais certo é que tais conteúdos abandonem você. Crie envolvimento, assim como criamos relação com as pessoas. Crie laços com os conteúdos, e tudo estará disponível quando precisar.

Odair J. Comin é psicólogo clínico e escritor.

PALAVRA DO LEITOR

Mantega e Denucci

Senadores de oposição recolhem informações sobre o relacionamento pessoal do ministro Guido Mantega (Fazenda) com seu amigo Luiz Felipe Denucci, ex-presidente da Casa da Moeda, demitido do cargo sob suspeita de receber propina de US$ 25 milhões. O objetivo é reunir indícios que vinculem o ministro às irregularidades e confrontá-lo com elas durante o depoimento dele ao Congresso, no início de março. Denucci era conhecido no Ministério da Fazenda antes mesmo de ser escolhido por Mantega para a Casa da Moeda. São velhos amigos. A oposição estranhou que Mantega tenha fingido que mal conhecia Denucci, atribuindo sua indicação ao PTB. Não era verdade.

Luizinho Fernandes, São Bernardo

Chega de Folia!

Assistimos à maior festa do planeta, o Carnaval. O povo se divertiu! Afinal, muito dinheiro entrou para o Brasil. A maioria ainda brinca de forma limpa, sem álcool, drogas, violência e indústria do sexo. Mas continuaremos a assistir a proliferação de DSTs e de ‘filhos do Carnaval' e, infelizmente, o aumento do número de abortos. Apesar de os postos de Saúde distribuirem camisinhas o ano todo, o que dá a entender é que o brasileiro só faz sexo no Carnaval. As escolas ‘endeusam' etnias, o negro, o índio, mas a verdade nos outros 361 dias é bem diferente. É discriminação o tempo todo, de maneira velada para os negros e de forma aberta contra os índios. Uma pena que isso se repita ano após ano sem nenhum tipo de mudança. Foi boa a Folia? Ótimo! Agora vamos abrir as portas de Pindorama (nome dado ao Brasil pelos índios e que significa a ‘terra das palmeiras') e começar o trabalho?

Eduardo Zago, Mauá

Nos feriados

Inoportuna a reclamação de um leitor publicada neste Diário referente ao tráfego de caminhões nas estradas nos feriados prolongados (Caminhões, dia 20). Ora, meu amigo, já percebeu que o que você come, bebe, veste, constrói, acende o fogo, abastece seu veículo etc é transportado por caminhões? Já notou a dificuldade que esses profissionais têm para poder entregar a carga no prazo, para que você se sinta no conforto de sair e comprar tudo o que precisa, ter o gás no portão na hora em que ele acaba? Também tenho sugestão: proibir a utilização dos carros nos dias úteis para ter de usar o transporte público. O trânsito iria melhorar, e muito, só com caminhões e ônibus circulando. E fica os fins de semana e feriados para os belos mortais passearem. Vai que dá certo.

Flávio Giroldo, Santo André

Morte na praia

Pelo jeito, não será estranho se ao fim do processo da morte da criança pobre do Interior por jet ski na praia, os pais dela forem condenados por terem levado a menininha só de baldinho na areia, sem capacete e armadura especial. Suspeito que tudo caminhe, desgraçadamente, para mais uma bofetada na cara da sociedade.

Afanasio Jazadji, Capital

Mateus Prado

Sobre a reportagem ‘Aidan tem dificuldade para encontrar líder de governo' (Política, ontem), como cidadão mauaense, pagador de impostos, gostaria de indicar um cara muito ‘inteligente, perspicaz e safo' para ser o líder do governo em Santo André: o senhor Mateus Prado. Assim contribuo com a remessa de mais um ‘político oportunista' para a cidade vizinha, já que o governo lá não é grande coisa. Esse rapaz ‘inteligente', como o próprio prega em seus artigos regiamente pagos nos jornaizinhos de bairros de Mauá, com anúncios da ONG Instituto Henfil, poderia aplicar o que conhece e fazer estágio. Lá precisa de tudo: líder de governo, vice, candidato... Vai para lá, Mateus! Quem o pariu que te embale! Ética!

Demerval Paixão, Mauá

Carnaval

Solicito à Prefeitura de Santo André, ao seu prefeito, Aidan Ravin, e à Uesa mais respeito aos moradores da cidade na realização de nosso Carnaval, pois a estrutura e a organização montadas para o evento foram uma vergonha! Colocaram a população em risco, pois as arquibancadas eram insuficientes para o grande número de pessoas, causando, assim, desconforto a todos. A entrada ao evento por somente um lado da avenida faz com que as pessoas fiquem confusas tanto para entrar como para sair. Realmente falta respeito, tornando a Folia na cidade uma vergonha e a pior em organização do Grande ABC. O povo já demonstrou que gosta da festa, comparece em grande número, mas as autoridades não respeitam o povo. Precisam dar mais qualidade ao Carnaval de Santo André!

Maurício Goduto, Santo André




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