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Fabinho revela
frustração no Sto.André

Ex-ponta contou que a maior mágoa da vitoriosa carreira foi
não ter subido com o Ramalhão para elite do futebol paulista

Por Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
09/04/2012 | 07:15
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Pode um jogador que participou de uma das maiores conquistas do Corinthians ter como frustração não conseguir acesso pelo Santo André? Pois este é o sentimento de Fábio Ribeiro, ou melhor, Fabinho, ex-ponta direita dos dois times, além de ter passado por outros grandes do futebol, como Santos, Internacional e Grêmio.

Morador de Santo André, Fabinho, 46 anos, revela que a maior mágoa da vitoriosa carreira foi não ter subido com o Ramalhão para a elite do futebol paulista em 1997.

"Tínhamos um grupo muito bom naquele ano. Jogadores como João Marcelo, Baresi, Jorginho, Bigu. Sobramos na primeira fase e entramos na segunda com ponto de bonificação. Começamos esta etapa goleando a Matonense por 4 a 0. Mas depois tivemos uma série de problemas, me contundi e não pude jogar a fase final. Pode parecer excesso de confiança, mas tenho certeza que se tivesse atuado, no nível em que estávamos eu e toda equipe, conseguiríamos a classificação", relembrou.

A volta para o Santo André, onde Fabinho iniciou a carreira nas categorias de base, foi já no fim da trajetória no futebol. Antes, o jogador perambulou por diversos times e na maioria deles, conquistou títulos. Mas um destes, claro, não poderia ser mais especial do que o de campeão brasileiro pelo Corinthians, em 1990.

"Aquele time era unido. Ronaldo, Neto, Marcelo Djan, Márcio, jogadores determinados, que passaram por cima de muitas dificuldades. Éramos taxados como time limitado, que jogava na base da raça, mas superamos todas as dificuldades.

Na época, o Corinthians não tinha CT para treinar, às vezes nem no Parque São Jorge podia. O Nelsinho (Baptista, treinador do Timão em 90), tinha de improvisar muito. E sempre enfrentamos os adversários da fase decisiva em desvatagem. Mas vencemos todos. Não queríamos passar para história como time que teve chance de ser campeão e não conseguiu", disse Fabinho.

Porém, apesar da conquista inédita, o ex-ponta revela mágoa com o esquecimento por parte do clube e da mídia.

Sobre os torcedores não tem do que reclamar. "Somos sempre lembrados. Agora o clube nunca fez uma festa, uma comemoração especial sobre este que foi o primeiro título nacional do Corinthians. Não precisa estender tapete vermelho, mas faltou reconhecimento", comentou.

"Sempre precisamos do Neto e do Ronaldo, que estão na mídia, para sermos lembrados. Mas pra mim também, isso pouco importa. O que vale mesmo foi ter realizado meu sonho e o de todos corintianos", emendou.

GOL DE MÃO

No Campeonato Paulista de 1992, Fabinho protagonizou o lance mais polêmico e inusitado da carreira. No dia 15 de outubro daquele ano, Corinthians e Santo André se enfrentaram no Bruno Daniel. O Timão venceu a partida por 1 a 0, gol de Fabinho usando a mão. "Foi gol de mão, assumo. A infelicidade é que foi contra o Santo André. Muitos culparam o gol pelo rebaixamento do time naquele ano, mas o que determinou a queda foi a má campanha no torneio", comentou.




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