O frio de 11ºC e a fina garoa da manhã de domingo não tiraram a vontade das mais de 6 mil pessoas em participar da manifestação em homenagem às vítimas do vôo 3054, que causou a morte de, pelo menos, 199 pessoas.

Parentes, entidades e pessoas sensibilizadas com o acidente partiram do Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, e caminharam cerca de cinco quilômetros até o prédio da TAM Express, atingido pelo avião da mesma companhia no dia 17 de julho.

Vestidos de preto e usando nariz de palhaço, os manifestantes marcharam carregando faixas com palavras de ordem como “Sociedade exige respeito” e “Chega da impunidade”. O grupo fez um minuto de silêncio em frente ao prédio e depois rezou. Por fim, jogou rosas brancas no local.

PROTESTO - Gritos de “Fora Lula” e “Fora Marta” marcaram a manifestação e foram aumentando na medida em que os manifestantes avançavam em direção ao local da tragédia.

Parentes das vítimas e representantes de entidades que organizaram o protesto fizeram discursos em cima de um carro de som. O cantor Seu Jorge leu um manifesto em que pedia o fim da impunidade. Ele ainda atacou a ministra do Turismo, Marta Suplicy, com um desafio: “Sentar ali, deitar ali, relaxar e gozar ali”, apontando para um local na avenida Rubem Berta, onde vivem moradores de rua.

No final, Seu Jorge ainda cantou uma versão de Para não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, inserindo trechos na letra que faziam alusões ao acidente.