O prefeito eleito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), encaminhou ontem a composição de seu bloco de sustentação que atuará na Câmara a partir de janeiro, com a participação de 18 dos 28 vereadores. A efetivação da ala parlamentar foi selada em restaurante da cidade e ocorre a menos de um mês da posse do tucano, o que deve dar ampla maioria e governabilidade no início da gestão. O vice-prefeito eleito, Marcelo Lima (SD), também esteve do encontro.

Além de 11 parlamentares eleitos pelo bloco de coalizão, firmaram pacto com Morando ex-aliados do prefeiturável Alex Manente (PPS), a exemplo de Estevão Camolesi (PPS) e Aurélio de Paula (PTB), bem como ex-apoiadores de Tarcisio Secoli, terceiro colocado no pleito, como Ramon Ramos (PDT), Índio (PR), Reginaldo Burguês (PSD), Eliezer Mendes (PTN) e Gordo da Adega (PCdoB). Eles se juntam à bancada do PSDB: Pery Cartola, Hiroyuki Minami, Juarez Tudo Azul, Mario de Abreu, Pastor Zezinho, Alex Mognon e Toninho Tavares. Há também os nomes do PHS, representados por Martins Martins e Jorge Araújo, além de Ivan Silva e Fran Silva (SD).

O número conquistado pelo futuro chefe do Executivo é similar ao obtido pelo atual prefeito Luiz Marinho (PT), que no segundo mandato governou com a adesão de 20 vereadores.

“O que fiquei mais satisfeito com o encontro foi receber este gesto dos vereadores em confiar no nosso plano de governo. É uma relação republicana, que coloca o diálogo na prioridade das ações”, pontuou Morando.

A formatação da futura base governista enterra a articulação de integrantes da oposição em dar sustentação a grupo interno, denominado G-7, na disputa pela presidência da Câmara para o biênio 2017-2018, que será definido no dia 1º de janeiro, cujo objetivo era rivalizar disputa com nome indicado por Morando. Comentou-se que a articulação contava com a participação de Aurélio, Burguês, além de Mauro Miaguti (DEM), Julinho Fuzari e doutor Manuel Martins, da bancada do PPS, e de João Batista e Rafael Demarchi, ambos do PRB. Os parlamentares republicanos, inclusive, tentaram aproximação com o governo Morando, chegando a anunciar que aliança estava próxima de acontecer. Porém, sem êxito em diálogo aproximaram-se novamente da ala de oposição, que ainda conta com a participação dos cinco nomes do PT.

“Apoiei o Alex nos dois turnos por uma questão de projeto político. Hoje, vejo que o projeto do futuro prefeito tem muito a contribuir e minha atuação será importante”, destacou Aurélio. “A questão eleitoral precisa ser superada e a cidade estar à frente das discussões. Foi desta forma que pautei meu apoio (na futura gestão)”, discorreu Burguês.