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Obras no Km 29 começam em julho
Danilo Angrimani
Do Diário do Grande ABC
12/02/2005 | 14:10
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A Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta/Imigrantes, anunciou nesta sexta-feira que gastará R$ 20 milhões na construção de um novo trevo de acesso ao Riacho Grande, em São Bernardo, na altura do Km 29. As obras começam em julho deste ano e estarão concluídas em dezembro de 2006, de acordo com a empresa. A construção do trevo faz parte de um pacote de R$ 150 milhões em obras e equipamentos que serão gastos nos próximos dois anos e já estava prevista no contrato de concessão da Ecovias.

O diretor superintendente da Ecovias, João Lúcio Donnard, diz que a construção vem sendo solicitada há muitos anos. "É uma antiga reivindicação da população de Riacho Grande e dos moradores que vivem nas proximidades da rodovia Índio Tibiriçá", justifica. Atualmente, o trevo funciona de forma precária. São cruzamentos em nível, que tornam a fluidez do tráfego deficiente.

A obra é necessária para acabar com o problema de congestionamento no trevo, principalmente nos fins de semana, quando o tráfego para quem vai ou vem do litoral se mistura com os veículos de pessoas que vão aproveitar o dia ao longo da represa Billings e de quem mora no Riacho Grande. A região possui cerca de 50 mil habitantes.

Além disso, a abertura do Parque Estadual Caminhos do Mar, na estrada Velha de Santos, aumentou ainda mais o tráfego na região. Diariamente cerca de 20 mil veículos circulam nesse trecho. Nos fins de semana, o volume de tráfego passa para cerca de 35 mil veículos.

Em agosto do ano passado, durante uma reunião entre o prefeito de São Bernardo, William Dib, e o então presidente da Ecovias, Irineu Meireles, para discutir a construção do novo trevo, Meireles afirmou que a concessionária era uma das principais interessadas na obra, já que sua conclusão vai melhorar a operação de todo o sistema Anchieta/Imigrantes. Isso porque a via Anchieta chega a ficar congestionada desde o trecho de serra nas tardes de domingo, durante o verão, por causa do tráfego intenso no trevo do Km 29.

Localização – O novo trevo estará situado depois da entrada de Riacho Grande e antes da área de pedágio. Segundo material de divulgação da Ecovias, as obras compreendem a construção de novas alças de acesso, adequação das existentes, demolição e duplicação da passagem inferior sob a Anchieta. Os viadutos existentes na atual passagem de nível serão demolidos para dar lugar a dois novos viadutos.

Uma das dificuldades da obra, segundo o diretor presidente da Ecovias, é a interferência de uma profusão de redes de serviços. Passam pelo local 1.850 m de oleodutos e 110 m de redes de fibra ótica da Petrobras; 95 m de encanamentos da Comgás; 285 m de cabos da Telefônica; 300 m de adutora e rede de água da Sabesp; além de 110 m de fios elétricos da rede da Eletropaulo.

"Essa problemática de interferência é seríssima", observa Donnard. Por esse motivo, desde abril do ano passado a concessionária vem fazendo sondagens no local.

Os trabalhos de adequação (transferência dos fios, cabos e dutos), de acordo com Donnard, serão feitos em conjunto com as empresas, que possuem rede subterrânea ou aérea no local. O rompimento de um duto naquele trecho causaria dor de cabeça a muita gente. Cinquenta por cento do GLP (gás liquefeito de petróleo), que é distribuído na Grande São Paulo, passa pelo local.

Mortes – O diretor superintendente da Ecovias comemorou a marca de "zero mortes" atingida pela concessionária durante os feriados prolongados de Carnaval.

"Houve um trabalho conjunto com a Polícia Rodoviária, que disponibilizou um efetivo de 300 homens no sistema Anchieta/Imigrantes. Foi uma grande vitória", diz Donnard.

Ele lembrou que no ano passado as estatísticas vinham bem até os feriados de novembro (Finados e Proclamação da República). "Somente em um dia, tivemos 35 acidentes de moto, envolvendo condutores e garupas. Acidente de moto geralmente tem vítima grave ou fatal."




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