Depois da rodada de ontem, o ‘cheirinho de hepta’, cantado aos sete cantos pela torcida do Flamengo, mudou de fragrância e virou ‘cheirinho de enea’, já que o Palmeiras foi quem se aproximou do nono título brasileiro da sua história. A vitória por 2 a 1 sobre o Figueirense, em Florianópolis, somada à derrota do Rubro-Negro pelo mesmo placar diante do Internacional, em Porto Alegre, deixou os paulistas quatro pontos à frente na liderança (64 contra 60) com sete jogos a ser disputados.

Teoricamente, o Verdão ainda tem adversário mais tranquilo na próxima rodada, domingo, já que recebe o Sport, que luta contra o rebaixamento, enquanto o Flamengo desafia o Corinthians, no Rio de Janeiro. 

Vai ser difícil de o torcedor do Palmeiras segurar a ansiedade pelo título. Se não fez jogo brilhante, longe disso, aproveitou as oportunidades criadas para vencer um desesperado Figueirense, que vê a Série B se tornar realidade a cada rodada.

Outra vez a arbitragem chamou para sí o foco da partida. Confuso, o mineiro Igor Junio Benevenuto inventou uma falta de Dudu em lance onde o jogador do Palmeiras é quem foi empurrado dentro da área. Depois, no início do segundo tempo, marcou pênalti em choque comum entre Bruno Alves e Gabriel Jesus, que originou o primeiro gol do Verdão, já que Jean aproveitou a cobrança.

Tentando ficar alheio às marcações sem convicção do trio de arbitragem, que ainda paralisou a partida por cinco minutos alegando falta de luz natural, o Palmeiras soube explorar os espaços do Figueirense, que precisou se expor para evitar a derrota. Jean, que jogou no meio, na vaga aberta por Zé Roberto, poupado, fez o segundo dele chutando da entrada da área.

A vitória, que parecia ser tranquila, ganhou dramaticidade quando Jailson falhou e deixou a bola chegar a Rafael Silva, que diminuiu. O atacante catarinense ainda reclamou, com razão, de pênalti não marcado sobre ele, que poderia dar outro rumo ao confronto.