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Brasil perde na 'morte súbita' e México é tetra na Copa Ouro
Do Diário OnLine
27/07/2003 | 17:18
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O México derrotou o Brasil por 1 a 0 e conquistou o título da Copa Ouro 2003. O jogo, realizado neste domingo, no estádio Azteca (México), foi decidido apenas no 'Gol de Ouro', aos sete minutos do 1º tempo da prorrogação, com um gol do atacante Osorno. Esta é a quarta vez que os mexicanos levantam a taça do torneio. Os três primeiros títulos aconteceram nos anos de 93,96 e 98.

Este foi um jogo que marcou a repetição de alguns fatos interessantes. Na primeira rodada do campeonato, os meninos comandados pelo técnico Ricardo Gomes foram derrotados pelo México também por 1 a 0. Na oportunidade, o gol foi marcado pelo experiente Borgetti.

Outra coincidência que se repete é a das posições ao final do campeonato. Em 1996, Brasil e México realizaram a final da Copa Ouro. E assim como em 2003, o adversário venceu e levou o título.

A Seleção Brasileira não teve o mesmo futebol envolvente que apresentou nas vitórias sobre a Colômbia (2 a 0 nas quartas-de-fina) e sobre os Estados Unidos (2 a 1 na semifinal). Durante todo o tempo, o experiente time mexicano tocou a bola e fez os 'garotos' correrem atrás e se desgastarem fisicamente.

O que se repetiu da partida contra os norte-americanos foi a fraca exibição da dupla de ataque Robinho (Santos) e Nilmar (Internacional). Os dois ficaram muito apagados, em especial o atacante do 'Peixe', que foi para a Copa de Ouro como uma das grandes estrelas.

O único ponto positivo da seleção, ao contrário do que se via há muito tempo, estava no setor defensivo. A dupla de zaga formada por Alex (Santos) e Luisão (Cruzeiro) anulou o ataque do adversário. O goleiro Gomes (Cruzeiro) também estava em uma tarde inspirada e efetuou boas defesas.

A primeira chance real de gol foi do Brasil, depois de uma jogada característica do meia Kaká. Aos 15 minutos, o meia sãopaulino arrancou do meio-campo com a bola dominada até o limite da grande área. Quando a marcação fechou, ele tocou com categoria no canto esquerdo do arqueiro Sanchez, que apenas torceu para que a bola não entrasse.

O primeiro tempo não teve grande momentos, apenas algumas tentativas esporádicas que não levaram perigo para as metas dos goleiros. A marcação, as jogadas duras e o enorme número de faltas deram a tônica dos primeiros 45 minutos.

Para o 2º tempo, Ricardo Gomes sacou o apagado Robinho e colocou Carlos Alberto (Fluminense).

Mais descansados e acostumados com a altitude de dois mil metros, os mexicanos vieram para cima logo nos primeiros minutos. Aos dois, o capitão Pardo cobrou falta com maestria no ângulo de Gomes, que se esticou todo e fez uma excelente defesa.

Depois desta chance o jogo voltou a perder em emoção e ganhar em violência. Os atletas de ambas as equipes se desentenderam algumas vezes em virtude das faltas. Diego e Kaká eram os mais caçados em campo.

Aos 35 minutos era visível que os jogadores brasileiros não tinham mais fôlego para tentar jogadas de ataque. Apenas os zagueiros se limitavam a tocar a bola e afastar ela da intermediária de Gomes.

No entanto, o México percebeu que o Brasil havia 'pregado' em campo e buscou um último esforço para sair com o caneco ainda nos 90 minutos. Valdez, Pérez, Rodriguez e Borgetti tiveram chances de abrir o placar, mas esbarraram num bom dia do goleiro Gomes e na forte marcação de Alex e Luisão.

Na prorrogação, o Brasil não conseguiu reagir. Já o México manteve o ritmo do final do 2º tempo e continuou pressionando. De tanto tentar, o México abriu o placar e selou a vitória.

Aos sete minutos, o atacante Osorno caiu pela esquerda da defesa brasileira e foi cortando para o meio. Quando os zagueiros abriram, ele chutou forte para o fundo das redes de Gomes, que ficou parado no meio do gol sem reação.




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