A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) afirmou ontem que ainda não foi notificada oficialmente da decisão judicial que proíbe a cobrança pela integração nos terminais de Diadema antes do dia 10 de abril. A liminar, pedida pela Promotoria de Cidadania, foi concedida em primeira instância pela Vara da Fazenda Pública do município. A empresa só comentará a ação após receber a comunicação oficial.

Em reunião realizada no dia 15, a Secretaria de Transportes Metropolitanos havia garantido que a gratuidade seria mantida pelo menos até o fim do mês. A Justiça interpretou que, como a EMTU protocolou intenção em finalizar o convênio com a Prefeitura no dia 10 de janeiro, tem de dar prazo de três meses para iniciar a cobrança.

Com a decisão, foi adiada a reunião marcada para segunda-feira entre o secretário Jurandir Fernandes e o prefeito Mário Reali (PT), para sacramentar a decisão final sobre o imbróglio, que já se desenrola desde outubro do ano passado. O petista não foi encontrado para comentar a situação.

Desde 1991, a baldeação dos ônibus municipais para os trólebus do Corredor ABD são feitas sem cobrança adicional. Desde o fim de 2011, a EMTU pediu a revisão do convênio, com a cobrança de R$ 1 pela conexão para cobrir investimentos e equacionar os gastos do sistema. A proposta original previa que o usuário desembolsasse a tarifa adicional nas duas viagens. No início do mês, o Estado cedeu e prometeu que, se confirmada, a cobrança será feita apenas para o embarque no trólebus, e não na volta.