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Sto.André adota travessia segura
Por Cláudia Fernandes e Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
27/04/2007 | 07:24
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A Prefeitura de Santo André fechou convênio com a Organização Não-Governamental GRSP (Global Road Safety Paternership) para reduzir os índices de acidentes de trânsito na cidade. Cinco escolas municipais serão escolhidas para o projeto piloto previsto para iniciar no primeiro semestre de 2008. Todo percurso dos alunos de casa à escola será remodelado. Ou seja, as calçadas não terão buracos nem obstáculos, serão instalados semáforos de pedestre e será reforçada a sinalização. As instituições escolhidas serão as que apresentam os índices mais altos de acidente e que dependem de intervenções físicas para reduzir os números.

A ONG internacional vai acompanhar todo o trabalho em visitas mensais à cidade e, se o piloto der certo, a ação será estendida para as outras escolas.

Esse é o segundo passo do trabalho de redução de acidentes de trânsito que a Prefeitura desenvolve, baseado num tripé que inclui fiscalização, educação e engenharia de tráfego. A primeira etapa foi traçar o mapeamento dos acidentes na cidade, o que já ocorre hoje. “No Brasil, não existem mais de 30 municípios que fazem esse acompanhamento”, afirmou a secretária de Obras e Serviços Públicos, Miriam Mos Blois.

Pelos dados de 2004 do DataSUS, Santo André ainda é terceira cidade – só perde para São Bernardo e Diadema – que mais tem vítimas fatais em acidentes de trânsito, em números absolutos. Segundo o banco de dados do sistema nacional de saúde, naquele ano, morreram 49 pessoas vítimas de acidentes na cidade. Apesar de as Prefeituras alimentarem o banco de dados do Ministério da Saúde, o número de vítimas fatais do município salta para 67, no ano de 2004.

A explicação da secretária para a diferença nos números é que os dados passados para o governo federal são baseados em acompanhamento de feridos no hospital durante um mês. Padrão utilizado internacionalmente. Porém, segundo Miriam, em Santo André, o acompanhamento dura um ano. Por isso, se a vítima de trânsito morrer neste período, ela constará nos óbitos por acidente. Além disso, a Prefeitura cruza dados de mortos por acidente que não chegam ao hospital e de pacientes acidentados que são transferidos para hospitais em outros municípios.

“A partir de agora, os dados de acidente de trânsito não são da Secretaria de Saúde ou da Secretaria de Obras e Serviços Públicos. São dados da Prefeitura, que trabalha de forma integrada. Temos um boletim uniformizado”, explica a secretária. O monitoramento mensal desses dados também será auxiliado pela ONG contratada.



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