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Personalidades do ABC lamentam morte de Saramago
Por Do Diário do Grande ABC
19/06/2010 | 07:10
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"Acho que nossa visão hoje está embaçada, como quis dizer Saramago em Ensaio Sobre a Cegueira. A morte dele é uma cicatriz profunda na literatura e na filosofia mundial."
Daniela Fraga, coordenadora de Literatura da Secretaria de Cultura de São Caetano

"Acho admirável a atitude ética dele, nunca permitindo que a futilidade se aproximasse de seu trabalho. Ele deu declarações às vezes muito corajosas, sempre fez questão de demonstrar suas opiniões e manteve a literatura em lugar de destaque."
Ricardo Lísias, escritor

"Ele era dos poucos escritores realmente livres para falar o que queria. Brincava muito com o senso-comum, o que faz com que sua crítica atinja o máximo da expressão. Todas as formas de se pensar o mundo estão desnudadas em sua obra."
Reni Adriano, escritor

"Ele tem um estilo próprio que muitos autores tentam imitar. Com a morte de Saramago, o mundo ficou ainda mais cego em termos de boa literatura. Ele trazia nas obras o prazer da leitura porque escrevia sobre universos incomparáveis."
Sérgio Simka, coordenador do Grupo de Escritores da Uniabc e coordenador de letras das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires

"Lamento profundamente a morte do escritor, importante tanto pela relevância de suas obras literárias quanto pela sua forte militância política. É uma grande perda para todos nós que gostamos de boa literatura ou trabalhamos com arte no Brasil."
Leopoldo Nunes, secretário de Cultura de São Bernardo

"Ele foi um herdeiro do neo-realismo português que soube das necessidades do homem contemporâneo. Com ativa intervenção e participação social, deu uma visão muito própria de realidade."
Susana Ventura, pesquisadora e doutora em Letras, trabalha com a obra de Saramago desde 1997

"Ele é forte candidato a ser um dos clássicos universais. Seu mérito é aglutinar qualidade formal com a do conteúdo do texto. Não é apenas um bom escritor. É um bom escritor com algo a dizer."
Cassiano Ricardo Tirapani, coordenador da Casa da Palavra

Frases do autor
"O Prêmio Nobel vai ter agora de voltar-se para o outro lado do Atlântico e, com certeza, deveria ter chegado ao Brasil antes do meu."

"Não fui desses gênios que, aos 4 anos, escrevem histórias. Apenas via as coisas do mundo e gostava de vê-las. Nunca fui de grandes imaginações. Posso formular assim: a imaginação é o ponto de partida, mas o caminho a partir daí pertence à razão."

"Às vezes me dizem: ‘Você não é crente, não tem o direito de falar sobre temas religiosos.' Tenho sim e duas vezes: primeiro porque tenho o direito de escrever sobre o que bem entender; segundo, porque tenho o direito de pensar a respeito de algo que fez de mim a pessoa que sou."




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