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Piscina fica até 10%
mais barata no inverno
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
22/07/2010 | 07:00
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Construir uma piscina em casa pode ser uma forma de investimento. Afinal de contas, o item valoriza o imóvel em até 30%, segundo o delegado do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo) da região, Alvarino Lemes. E o inverno é a melhor época do ano para fazer isso, já que o custo pode ficar até 10% menor. "As famílias buscam conforto, segurança e lazer em um único ambiente, por isso, o item encarece a residência", afirma Lemes.

Seguindo a lógica, um imóvel que custa R$ 500 mil, com piscina passa a custar R$ 650 mil - valorização de R$ 150 mil. Para os bens de alto padrão, a partir de R$ 1 milhão, por exemplo, a valorização é de R$ 300 mil.

Para o vice-presidente de habitação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo) Flávio Prando, o imóvel (que não esteja inserido em um condomínio) com piscina, tem maior liquidez na hora da venda.

"O item pode favorecer a venda para famílias com crianças, por exemplo, mais rapidamente. Porém, além do equipamento de lazer, é necessário que a residência apresente infraestrutura para o sucesso de venda".

Inverno - Nessa época do ano é comum que o custo para instalar ou construir uma piscina seja menor em até 10%. Isso porque as empresas do ramo acabam facilitando os pagamentos e oferecendo descontos no período onde a procura é baixa.

"O volume de negócios fechados fica concentrado no verão, período que as vendas crescem em até 55%", afirma Denis Silva, sócio-proprietário de uma empresa do segmento, situada há 15 anos em Santo André.

O item deixou de ser um artigo de luxo, a cerca de cinco anos, portanto, a clientela não fica restrita entre construtoras e arquitetos, mas também, entre pessoas físicas que querem melhorar a área livre de suas casas. "Notamos crescimento de 5% ao ano no nosso negócio", conta Antônio Bianco, gerente de uma loja situada em São Bernardo há 20 anos.

Segundo o gerente de uma outra empresa do segmento, instalada em Diadema há 19 anos, Marcos Silva, as vendas de piscinas no verão cresce de 40% a 50%. "No entanto, entre abril a julho baixamos o preço da mão de obra em 5%, aproximadamente, a fim de estimular os negócios".

A construção e/ou instalação de piscinas no inverno é favorecida pelo tempo seco. "Outra vantagem é que no verão o equipamento estará pronto para uso", comenta o gerente Marcos Silva.

Segundo as empresas do setor consultadas pela reportagem do Diário, as piscinas mais procuradas são as de vinil ou fibra, com tamanho de 8x4, que custa em média na região, R$ 14 mil. O prazo para instalar o equipamento (com todo o processo de mão de obra) é de 25 a 60 dias.

O custo para manter a área de lazer com os padrões citados acima varia entre R$ 140 e R$ 150 por mês, somando manutenção de equipamentos e limpeza.

Nos últimos cinco anos, setor cresceu 20%
Com o boom imobiliário, iniciado aproximadamente há cinco anos, os padrões das casas e prédios melhoraram significativamente.

Atualmente, os empreendimentos são construídos sob a filosofia condomínio-clube. Piscinas, quadras poliesportivas e playgroud são atrativos básicos para quem busca conforto e segurança.

Acompanhando essa tendência de mercado, empresas que oferecem piscinas, saunas e banheiras no Grande ABC notaram crescimento de 20% nos negócios, desde 2005.

"Hoje, muitas pessoas têm acesso aos financiamentos imobiliários e, por isso, aproveitam para investir e comprar imóveis melhores, que tenham infraestrutura", explica Marcos Silva, gerente de uma empresa de construção de piscinas de Diadema.

Há quem diga que os negócios melhoraram a mais tempo. "Nos últimos dez anos o cenário mudou e notamos um crescimento significativo no nosso comércio. O crescimento de 5% ao ano é o mínimo que esperamos", conta Antônio Bianco, gerente de uma loja de piscinas e equipamentos de São Bernardo.

Delegado do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo) da região, Alvarino Lemes, enfatiza que os empreendimentos de alto padrão estão entre as cidades de São Bernardo e São Caetano, principalmente. "É natural que os comerciantes que investem em itens de lazer tenham um bom aproveitamento no mercado."

Além dos condomínios, imóveis de alto padrão são vendidos rapidamente. "Exemplo disso, é um sobrado em São Bernardo, com 360 m² de área construída, churrasqueira e piscina. O prazo médio para se vender um bem como esse é de até dois meses", conta o corretor de móveis autônomo, que atua na região, Valter da Silva.

Público - O vice-presidente de habitação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), Flávio Prando, explica que o conceito condomínio-clube tem um apelo muito forte entre a classe social C, média e média-alta.




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