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Poeira causada por veículos é tormento para moradores
Luana Arrais
Especial para o Diário
30/09/2011 | 07:30
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A cada veículo que passa, uma nuvem de poeira toma conta da Avenida Fagundes de Oliveira, na Vila São José, em Diadema. A população do bairro sofre com o pó que sai das empresas. Segundo moradores, a principal responsável é a Trufer, de comércio de sucata. Uma mistura de terra e pó de ferro invade casas e o comércio local, espalhada pelos caminhões que entram e saem da empresa.

"O que mais incomoda é o nariz e a garganta seca", reclama Francisca de Souza, 60 anos, moradora da área. Outro que sofre com o pó é Francisco Edinaldo, 38, que se preocupa com a saúde dos filhos. "Minha filha tem bronquite asmática, e acho que isso ajuda a piorar. As crianças vivem doentes aqui".

O agravamento de problemas respiratórios causa até a mudança de alguns habitantes, como Anibal Riguetti, 35. "Meu filho tem rinite, me mudei por causa disso". Além dos problemas de saúde, os moradores se queixam de ter suas casas e lojas sempre sujas. "Tem que limpar toda hora, é poeira demais", disse Neide Santos, 36, proprietária de um restaurante na avenida.

Em outubro de 2006, a empresa já havia recebido reclamações pela lã de vidro que uma de suas máquinas soltava no ar. Após ser autuada pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, a Trufer adquiriu equipamento para o controle do ar. A Prefeitura de Diadema informou que está fiscalizando a empresa junto com a Cetesb e que, de acordo com as últimas vistorias realizadas pela equipe da Secretaria do Meio Ambiente, as exigências estão sendo atendidas.

No entanto, com a persistência das denúncias, o grupo de fiscalização vai encaminhar nova solicitação de providências à Cetesb, a fim corrigir eventuais problemas ambientais da empresa. A Trufer foi contatada pela reportagem, mas não enviou explicações sobre as reclamações.




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