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Ponte Pênsil de Sao Vicente é reaberta
Por Do Diário do Grande ABC
06/11/1999 | 15:31
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Após um ano em reforma, a Ponte Pênsil, um dos mais importantes cartoes-postais de Sao Vicente, no litoral paulista, será reaberta ao tráfego nesta segunda-feira. Para o prefeito Márcio França (PSB), a entrega da ponte "representa a devoluçao de um símbolo da cidade, que passa a funcionar de maneira segura". França disse que a mais antiga ponte do Brasil no gênero, inaugurada em 1914, estava com apenas 30% da capacidade de suportar peso. Agora, voltará a funcionar com eficiência.

A nova iluminaçao será semelhante à de pontes da Austrália, cujas cordas, quando acesas, dao a impressao de lábios sorrindo. "Os serviços foram realizados com verba do estado (R$ 2,1 milhoes), pela Concrejato, especializada na execuçao desse tipo de trabalho", explicou. A ponte vai desafogar o tráfego de veículos sobre a Ponte do Mar Pequeno, facilitando o acesso à Praia Grande, principalmente dos moradores e turistas que se encontram nas demais cidades da Baixada e optam por um trajeto bucólico.

História - Tombada pelo patrimônio histórico, a ponte completou 85 anos, em maio. A idéia da construçao surgiu em 1910, quando o engenheiro-sanitarista Saturnino de Brito elaborou a planta de urbanizaçao da cidade de Santos e um plano de esgotos por meio de estaçoes elevatórias. A necessidade de conduzir os dejetos até a ponta do Morro do Itaipu levou o engenheiro a planejar a ponte entre os Morros dos Barbosas e do Japuí.

Encomendada à Casa August Klenne, em Dortmund, na Alemanha, o material chegou ao Porto de Santos entre 1911 e 1913. Antes de sua abertura, a produçao rural da regiao era escoada por barcaças ou em lombo de burros que atravessavam picadas, que depois deram origem à Rodovia Padre Manuel da Nóbrega.

Artesaos - A ponte será entregue às 23 horas para que seja respeitado o prazo anunciado pela empreiteira há dois meses. A restauraçao foi feita por 60 operários especializados, "que trabalharam como artesaos", segundo o engenheiro Sérgio Evangelista, responsável pelo empreendimento, que teve supervisao do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Segundo Evangelista, todas as peças que necessitaram de recuperaçao ou troca foram feitas, uma a uma, pela Concrejato e "testadas pelo IPT".

O engenheiro afirmou que nao foi necessária a troca dos cabos de aço. "Os que estavam rompidos foram tratados, ou seja, tiveram as pontas cortadas e lixadas". A pintura foi feita em condiçoes metereológicas adequadas. O IPT recomendou que o trabalho nao fosse executado com a umidade do ar superior a 85%.

Foram trocadas as braçadeiras de sustentaçao do madeiramento, também recuperado. A restauraçao começou em 10 de novembro de 1998 e foi interrompida no verao. A etapa mais complexa consistiu na troca das grades laterais de proteçao aos pedestres segundo o secretário municipal de Planejamento, Paulo de Souza. "Os perfis metálicos comprometidos também foram trocados".




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