Setecidades Titulo Pandemia ainda não acabou
Taxa de transmissão cai na região, mas casos de Covid seguem em alta

Atualmente, 100 pessoas com o coronavírus podem infectar mais 156; mesmo com redução cenário ainda é preocupante e requer cuidados

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
16/12/2020 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


 Desde meados de outubro, o Grande ABC, assim como todo o País, enfrenta alta nos casos e nas mortes causadas pela Covid-19. Com isso, a taxa de transmissão do novo coronavírus está em 1,56, ou seja, 100 pessoas com o vírus podem infectar outros 156 indivíduos. Quando o número está acima de 1, significa que a disseminação do micro-organismo está acelerada. Os dados são a SP Covid Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia gerida por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da USP (Universidade de São Paulo) e do Cemeai (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria).

Ainda que o índice esteja caindo – em 2 de dezembro a taxa era de 1,97 –, o cenário da pandemia ainda requer atenção na região e os cuidados preventivos devem ser mantidos. Exemplo é que na semana encerrada no sábado, as prefeituras contabilizaram 3.676 diagnósticos, média de 525 por dia, e 120 falecimentos, cerca de 17 diariamente. Os números foram os maiores desde o período entre 19 e 25 de julho, quando as sete cidades estavam no primeiro pico da infecção e resgistraram 5.277 casos e 151 óbitos.

Além disso, nos primeiros 15 dias deste mês, houve aumento de 3% nas internações, saltando de 1.198 para 1.237 hospitalizações, elevando a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para até 75%. De olho no cenário, as prefeituras iniciaram medidas para evitar que faltem vagas nos hospitais da região, a exemplo da suspensão de cirurgias eletivas, reabertura de leitos destinados ao tratamento de pacientes com Covid no HC (Hospital das Clínicas) de São Bernardo e contratação de leitos de hospital particular pela administração de Diadema.

FIM DE ANO

A aproximação das festas de Natal e Ano-Novo preocupa profissionais da saúde. Isso porque as famílias e os amigos costumam se reunir em celebrações com muitas pessoas, o que não é recomendado neste ano. “O ideal é não ter confraternizações. O número de casos é muito grande e a capacidade dos hospitais já está comprometida. Não existe nenhuma situação onde é 100% seguro”, assinala Renato Grimbaum, infectologista e professor da escola de medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano).

Em sinergia, José Branco Filho, infectologista do Grupo Leforte e da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), destaca que grupos familiares que não convivem não devem se reunir. “Se a pessoa não tem contato diário com familiares idosos, com mais de 60 anos, não pode se reunir com essas pessoas mesmo nesta época. As orientações seguem as mesmas, pois 90% da população ainda está suscetível ao vírus”, explica o médico.

Caso a pessoa precise sair de casa para ir às compras, os cuidados devem ser redobrados, já que o Natal faz com que centros de compras fiquem com movimento acima do normal. Os especialistas detalham que o uso de máscara deve ser universal e em 100% do tempo, assim como a etiqueta respiratória e a higienização constante das mãos devem ser mantidas. Grimbaum adiciona que caso o indivíduo esteja em um comércio e ele encha, a recomedação é que o cliente se retire imediatamente para se proteger.




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