Política Titulo Popularidade na região
Dilma tem leve melhora na região, mas reprovação ainda registra 79%

Chefe da Nação possui o pior desempenho em
Santo André, com aprovação de apenas 6,8%

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
24/12/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC:


O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) obteve ligeiro sinal de melhora no índice de avaliação de dezembro na região, em levantamento do DGABC Pesquisas, encomendado pelo Diário, embora o cenário ainda seja desfavorável, somando 79% de rejeição junto ao eleitorado. A sondagem apontou que a reprovação da administração petista neste fim do primeiro ano de segundo mandato caiu 5,5 pontos percentuais, em relação aos 84,5% (incluindo ruim e péssimo) registrados em julho. Esse é o terceiro estudo realizado no atual exercício de 2015, que acumulava até então apenas números em queda.

Dentro do prisma negativo, 65,2% dos munícipes do Grande ABC indicaram que a gestão de Dilma está péssima (o que há cinco meses estava no patamar de 72,9%) e 13,8% responderam que encontra-se ruim. Eram 12,1% de regular – esse percentual registrava 8,7%. No aspecto de índice positivo, somente 8% dos moradores manifestaram aceitação ao governo da sucessora de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sendo 1,5% de ótimo e 6,5% de bom. O índice contou com leve elevação de 2 pontos percentuais. Em julho, a chefe da Nação amargou históricos 6% de aprovação. Indecisos ainda marcam 0,9% na sondagem.

Os números ainda refletem as crises política e econômica vivenciadas no País, em especial, com índice de inflação atingindo a margem de dois dígitos pela primeira vez em 13 anos, situação que afeta diretamente o bolso da população. Com este panorama de fundo, Dilma enfrenta forte resistência da oposição em Brasília, principalmente após o pedido de impeachment ser acatado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), postura apontada como chantagem do peemedebista, investigado por corrupção pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Os protestos antiPT que ocorreram em todo o País no dia 12, precedendo a pesquisa, no entanto, foram esvaziado, aquém do estimado pelos próprios organizadores, o que demonstrou fadiga do eleitorado.

O cenário se dá no berço do PT às vésperas das eleições municipais do ano que vem. A situação preocupa as lideranças do partido. A legenda possui o comando de três prefeituras no Grande ABC (Santo André, São Bernardo e Mauá) e deverá lançar candidatura própria nas sete cidades. A grave instabilidade na União tem prejudicado o desenvolvimento de projetos que estavam em andamento até então no governo federal e a liberação de recursos prometidos na campanha eleitoral de 2014. Frente ao impasse financeiro, a gestão anunciou, inclusive, cortes de investimentos – antes considerados primordiais, a exemplo do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o plano habitacional Minha Casa, Minha Vida – e contingenciamento de verba na tentativa de equilibrar as contas.

Mesmo com confirmação de evolução nos números – ainda considerada tímida –, o estudo indicou que, conforme reportagem publicada na terça-feira, a maior parte do eleitorado da região (64%) é favorável ao impeachment da petista pelo processo que tramita hoje no Congresso Nacional. Na sondagem, 30,1% dos entrevistados defendem a permanência da presidente no Planalto. Em contrapartida, 58,4% dos moradores avaliaram que se o vice Michel Temer (PMDB) chegar ao poder a crise econômica continuará no País, sem receber as bênçãos de que poderá solucionar os atuais problemas.

Foram entrevistadas 2.800 pessoas nos sete municípios do Grande ABC entre os dias 14 e 16 de dezembro. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.

Presidente tem menor rejeição em Mauá

No cenário especificado das sete cidades da região, a presidente Dilma Rousseff (PT) tem o menor índice de reprovação em Mauá, segundo o levantamento do DGABC Pesquisas, a pedido do Diário. Os moradores mauaenses deram números de 76% de rejeição, nos quais há 14,3% de ruim e 61,7% de péssimo. Houve incidência de 16,3% dos que julgam ser regular o mandato.

Em contrapartida, os eleitores de São Bernardo registraram o melhor índice de aprovação à petista. Em comum, a chefia das prefeituras nas mãos do petismo. Embora o nível seja baixo de aceitação, 9,8% dos munícipes são-bernardenses abonam a gestão da petista, tendo 1,5% de ótimo e 8,3% de bom. Entre os que consideram regular, 10,9% da população. Por outro lado, foram 79,3% de desaprovação, com 13,9% de ruim e 65,4% de péssimo.

Dilma possui o pior desempenho em Santo André, com aprovação de apenas 6,8% do eleitorado da cidade e rejeição de 83,8%, sendo 13,9% de ruim e 69,9% de péssimo. O percentual é considerado alto frente à media dos vizinhos. Somente 1% dos moradores andreenses considera a atuação da petista no comando do Planalto como ótimo e 5,8% responderam que a gestão é boa. Ainda no panorama do município, 9,4% dos entrevistados indicaram que a gestão encontra-se regular.

Em São Caetano e Diadema, o governo de Dilma tem 79,4% e 77,8% de rejeição, respectivamente. Apesar de quadros bem distintos, os números parelhos mostram a baixa popularidade da presidente junto ao eleitorado, especialmente após se deflagrarem problemas financeiros no País, que paralisaram investimentos, inclusive, externos. Enquanto a primeira cidade nunca teve o PT no comando da Prefeitura, a segunda já elegeu seis vezes prefeitos filiados à sigla. Existem apenas 7,5% de aprovação dos moradores são-caetanenses e 7,3% dos munícipes diademenses.

Somente 9% dos eleitores de Ribeirão Pires aprovam a administração da petista. O número no mesmo quesito em Rio Grande da Serra ficou em 8,3%. No aspecto contrário da pesquisa, 77,6% dos moradores ribeirão-pirenses desaprovam a gestão da chefe da Nação. O percentual é bem semelhante na cidade vizinha. São 77,8% dos munícipes rio-grandense que condenam a condução dos trabalhos de Dilma no Planalto. 




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