Quinze dias depois de o Ministério da Educação atribuir à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) o título de melhor instituição brasileira de Ensino Superior, alunos do campus Diadema decretam greve para reivindicar melhorias na infra-estrutura. Cerca de 400 universitários de quatro cursos (Farmácia e Bioquímica, Engenharia Química, Química e Ciências Biológicas) paralisaram as aulas desde anteontem.

Entre as principais reivindicações está a criação de novos laboratórios didáticos (atualmente existem dois) e de pesquisa, além de um restaurante. A Unifesp já iniciou as obras de construção dos laboratórios no próprio campus, mas foram embargadas pela Curadoria das Fundações Estaduais de São Paulo.

"Lutamos para ter uma universidade plena, que funcione de verdade. A faculdade já não suporta mais a demanda e no próximo ano receberemos 300 novos alunos", diz Felipe Gilio Andrade, 20 anos, estudante de Biologia e coordenador-geral do Centro Acadêmico do campus Diadema.

Em nota, a Unifesp respondeu que a procuradoria da universidade vai se reunir com a Curadoria para solucionar o problema do embargo das obras. Quanto ao bandejão, a universidade afirmou que possui projeto de construí-lo, mas não divulgou prazos.

Ainda segundo a nota, na próxima semana a Câmara de Diadema votará projeto para ceder à Unifesp três andares do edifício da Fundação Florestan Fernandes . Até ontem, no entanto, o projeto não estava na pauta, segundo a Câmara de Diadema.