Na contagem regressiva para o início da propaganda gratuita do referendo sobre a venda de armas de fogo e munição no país, que começa dia 1º, as frentes a favor do desarmamento intensificam suas atividades na região. Nesta quarta, às 8h, na Câmara de Santo André, será lançado o Comitê Regional do Grande ABC, versão ampliada do Comitê Municipal de Santo André. Ambos são coordenados pelo Insefusa (Instituto de Políticas Públicas de Segurança da Fundação Santo André) e contam com adesão da sociedade civil.

Quinta será a vez de Mauá, com palestra na Câmara, a partir das 19h. Está prevista a participação do deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT), integrante da Frente Parlamentar contra a venda de armas, e do deputado estadual Donisete Braga (PT-Mauá), da Frente Paulista. A palestra é uma iniciativa do Fórum pelo Desarmamento de Mauá, que conta com a participação de mais de 20 entidades, como sindicatos, partidos políticos e associações de moradores, entre outros.

Na sexta-feira, o Comitê Municipal de Santo André lança, também na Câmara, às 19h, o Manifesto Pró-Desarmamento e pelo Sim no Referendo. Fazem parte do comitê 23 entidades do município. Quem quiser participar dos comitês – tanto pessoa física como jurídica – deve ligar para o telefone 4438-3411 ou mandar e-mail para insefusa@fsa.br. No site do instituto pode ser consultado um estudo de 29 páginas com argumentos a favor da proibição da venda de armas (www.fsa.br/insefusa).

No referendo de 23 de outubro, todos os eleitores terão de responder "sim" ou "não" à pergunta: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?". Pesquisa Brasmarket/Diário feita em julho apontou que mais de 80% dos moradores da região são a favor do fim da venda de armas.

A opção vencedora passa a valer assim que o resultado oficial for divulgado. Ganha quem tiver maioria simples. A previsão é que o resultado da consulta popular seja conhecido antes da meia-noite do dia da votação. A Justiça Eleitoral deverá gastar aproximadamente R$ 270 milhões para realizar o referendo.

As regras para o referendo são muito parecidas com as de uma eleição para cargos executivos e legislativos. Duas frentes parlamentares foram formadas no Congresso, uma pró e outra contra a venda de armas. A Frente Parlamentar Por Um Brasil Sem Armas é liderada pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e a Frente Pela Legítima Defesa pelo deputado Alberto Fraga (PFL-DF).