Cultura & Lazer Titulo
Cores de Pavanello
Por Sara Saar
Especial para o Diário
23/08/2009 | 07:08
Compartilhar notícia
Divulgação


"Sou bastante compulsivo na criação. Tudo o que vejo transformo em arte." Foi a partir dessa inquietude que o designer gráfico e artista plástico Gonçalo Pavanello trabalhou as imagens que integram a exposição Fragmentos Imaginários - em cartaz a partir de amanhã, na Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), em São Bernardo. A entrada é franca.

Na mostra, há cerca de 40 digigravuras (imagens manipuladas por meio de softwares gráficos, com edição limitada e assinada pelo artista) em tela, papel de algodão e papel fotográfico. Todo o trabalho é resultado de observações do cotidiano e resgates da infância - vivida em uma fazenda do interior paulista.

Pavanello, que gosta de cores vibrantes, afirma ter ligação com diversas tendências, mas a principal é a pop art, manifestação que surgiu na Inglaterra e se desenvolveu nos Estados Unidos. "Representou uma inovação no século 20 até por criticar os estilos convencionais", argumenta.

Uma técnica bastante utilizada é a repetição. Exemplo pode ser conferido em Menino com Aviões, que faz referência à imaginação na hora de se divertir. "Muitos dos meus brinquedos não eram como os de hoje. O que encontrava debaixo da árvore poderia ser o meu aviãozinho", lembra.

Entre as obras que também remetem à infância, está Avião no Céu Azul. Uma das primeiras lembranças de Pavanello são as acrobacias aéreas, com teco-tecos.

O designer gráfico ainda admite ser ecumênico e carrega esse modo universal de enxergar a vida para cada obra. "Gosto do que me toca, do que me faz pensar. Pretendo despertar o humor, o trágico e o irônico", afirma.

Com o trabalho Peixes ao Sol, o artista do mouse espera levar o observador à reflexão: os peixes voam soltos no espaço ou os pássaros estão no mar?

Se a imagem estiver na cabeça e o computador, ligado, ele geralmente leva alguns minutos para produzir e garante que 99% têm resultado satisfatório. "Sempre quero construir naquele momento. Se começar e não terminar, parece que o trabalho fica me cutucando. Minha ansiedade me faz criar e ver minhas obras nas paredes de muitas casas", conta, orgulhoso.

Gonçalo Pavanello, que também gosta de escrever, já tem o próximo projeto em mente (ou seria no papel?). É ilustrar com digigravuras o livro de poesias que logo pretende lançar. Nome, a obra já tem: Meus Pedaços Formam Poesias. (Supervisão Melina Dias)

Fragmentos Imaginários - Exposição. Até 12 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 22h, e aos sábados, das 8h30 às 16h30. Na Universidade Metodista de São Paulo - Rua Alfeu Tavares, 149, São Bernardo. Tel.: 4366-5598. Entrada franca.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;