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Indústrias de bens de capital começam a reagir
23/08/2009 | 07:18
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Depois de demitir 19 mil trabalhadores desde dezembro por causa da crise, o maior corte de sua história, as fabricantes de bens de capital começam a reagir ao freio nos investimentos no País, que provocou queda de 30% nas vendas, no auge do clima de desconfiança mundial. A percepção do início de melhora e os dados de impacto negativo são da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.

"Nós somos a indústria de fazer indústria. Se ela, como um todo, fica ansiosa por causa da queda de demanda, nós somos os primeiros a sentir, mas os últimos a sair da crise", afirma o vice-presidente da Abimaq, José Velloso. Ele destaca que os efeitos da crise ainda custam recuo de 20% nas vendas do setor no acumulado de 2009, mas lembra que entre os 30 subsetores de bens de capital há alguns que nem sentiram, outros que estão se recuperando e os que ainda estão mergulhados na crise.

A Tenaris Confab, por exemplo, trabalha basicamente com produtos por encomenda e tem registrado crescimento superior a 20% na receita com equipamentos desde o último trimestre de 2008. De janeiro a março, a expansão nas vendas foi de 44% na comparação com o mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, a alta foi de 24% em relação a igual intervalo de 2008.

Já na área de tubos, a Tenaris Confab registrou aumento de 4% nas vendas domésticas no primeiro trimestre, reação ao recuo de 43% na receita do quarto trimestre de 2008, comparando-se com igual período anterior.

No segundo trimestre, porém, outra queda, agora de 15%. "Tanto o volume de vendas local quanto o de exportação são resultados de projetos que temos em carteira. Na área de tubos foram feitos projetos importantes em 2007, que não conseguimos repetir em 2008", afirma o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Confab, Marcelo Barreiro.

Segundo ele, não houve cenário de cancelamento de obras, mas redução de atividades no último trimestre, que é sazonal.




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