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Reunindo amigos para uma tarde de balé

Ao 16 anos, dançarino local faz espetáculo para levantar fundos para estadia no Exterior

Por Gustavo Cipriano
10/08/2014 | 07:00
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De férias de seus estudos no The Harid Conservatory, localizado em Boca Raton, no estado da Flórida, nos Estados Unidos, o bailarino Humberto Ramazzina dos Reis, de São Bernardo, está de volta ao Brasil. Em seu retorno ao Grande ABC, ele leva seu talento hoje à tarde, às 16h, ao Teatro Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano, com o espetáculo Humberto Ramazzina e Convidados.

O objetivo do evento é angariar fundos para que Ramazzina possa continuar se mantendo no Exterior. Ele tem hoje bolsa de 65% para seguir ampliando suas habilidades na conceituada escola norte-americana, mas recursos para gastos eventuais são bem-vindos. “Não me importo com quanto vou arrecadar. Pode ser R$ 100 ou R$ 2.000. Qualquer quantia ajuda já que vai ser usada só quando for mais necessário”, conta.

Os ingressos custam de R$ 15 a R$ 30 e podem ser adquiridos na bilheteria do local (aberta a partir das 10h) e por meio do e-mail andreiaramazzina@hotmail.com.

Ramazzina treina balé desde os 7 anos de idade. Em seu histórico, estão passagens por diversas escolas de dança de São Paulo e da região. A Kleine Szene, de Santo André, onde ele tem ensaiado para a performance deste fim de semana, é citada com carinho e, segundo ele, lhe abriu muitas portas dentro do universo da dança. “Tudo aconteceu rápido demais. Se você pensar onde eu estava e onde estou hoje... É uma aventura muito grande”.

Após experiências em solo nacional, com diversas apresentações e prêmios ganhos, o rapaz de 16 anos recebeu a chance de estudar durante três anos em uma das escolas de referência no balé mundial. Os responsáveis pelo The Harid Conservatory se impressionaram com o estilo do adolescente por meio de uma vídeo aula especial que enviou há alguns meses para ser aceito. Os seis meses no local e o bom trabalho apresentado lhe renderam convite para permanecer por outro período expandido. Seu objetivo é permanecer até 2017, quando fecha seu ciclo.

O jovem vive intensamente sua estadia no conservatório internacional, onde está desde janeiro. No local, o são-bernardense estuda balé, faz aulas regulares do ensino médio e ainda conta com alojamento. “Estou muito encantado. Em seis meses lá, já vi que é outro mundo. O que eles fazem é simplesmente te dar o básico, mas de uma maneira que já é suficiente para que você evolua muito.”

A única dificuldade do bailarino em terras estrangeiras tem sido o idioma, o qual ele revela ainda não ter muita fluência. “Nunca fui bom de inglês, então foi um pouco dificultoso no começo. Sei só o básico e isso tem sido suficiente para que eu nunca passe grande aperto”, diz o artista. Ele retorna para os Estados Unidos no dia 22.

REPERTÓRIO

O espetáculo especial de hoje é baseado no balé clássico e Ramazzina dividirá o palco com a amiga Marina Pena. Os dois irão fazer uma performance do Grand Pas De Deux, número que acontece dentro do balé Dom Quixote. “A história é a mesma da famosa coreografia, mas será contada de uma maneira bem diferente”, explica. “E já que é uma apresentação curta, de menos de quinze minutos, pegamos somente uma parte mesmo”.

O restante da noite será composto por performance solo do organizador e apresentações de grupos de dança das escolas por onde passou. “Minha mãe que teve a ideia desse espetáculo. Ela correu atrás dos meios de viabilizar isso tudo e tentou um teatro em São Bernardo, onde passei muito tempo, mas ele não foi cedido. São Caetano abriu as portas para a gente de maneira um tanto quanto inesperada. A cidade em que menos achei que ia dar certo, deu”, comenta. 




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