As mulheres são fiéis às marcas de cosméticos. É o que diz a pesquisa “O Consumo de Produtos de Beleza no Brasil: Perfil e Hábitos”, realizada na cidade de São Paulo pelo Provar (Programa de Administração do Varejo, da Fundação Instituto de Administração – FIA). Os dados apontam que 78% das 500 consumidoras entrevistadas sempre compram produtos da mesma marca, e 81% delas não trocam suas preferências nem mesmo por outros com embalagens mais modernas e atraentes.

Realizada com consumidoras de renda familiar de até oito salários mínimos, a pesquisa, em parceria com a consultoria Canal Varejo, destaca também que na busca pela informação sobre os produtos, as consultoras de beleza são as principais referências. Porém, as consumidoras poucas vezes recorrem a outras pessoas na hora da escolha.

“A aquisição de um produto de beleza é uma decisão de alto envolvimento emocional, com grande nível de comprometimento”, afirma o coordenador geral do Provar/FIA, Cláudio Felisoni de Ângelo.

“Nos impressionamos com a preferência das consumidoras pelos catálogos na escolha dos produtos”, destaca Patrícia Vance, coordenadora da pesquisa.

Segundo ela, além de apresentar dados gerais considerando o universo total das entrevistadas, a pesquisa traz ainda os resultados divididos por idade, grupo sócio-econômico e estado civil, analisados segundo diferentes categorias mensuradas.

“Nosso foco não é apenas o produto, mas também o local de compra. Os supermercados foram os mais citados na aquisição de xampus e condicionadores”, ressalta Patrícia

“A identificação da internet e dos salões de beleza como canais de compra ainda é pequena, o que reflete a característica da amostra pesquisada e inclusive o baixo índice de inclusão digital da população mais pobre”, destaca Felisoni.

País - O Brasil representa hoje o terceiro maior mercado consumidor do mundo em cosméticos, no qual fica atrás apenas dos EUA e do Japão.

Segundo Lígia Amorin, diretora geral para a América Latina da Nielsen Business Media, o mercado de cosméticos tem aproximadamente um consumo de US$ 18,2 bilhões por ano no País.