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Central de regulação de vagas esbarra em burocracias do Estado

Promessa era a de que serviço fosse implantado neste ano, no entanto, segue sem prazo para sair do papel

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
05/09/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Cinco meses após o governo do Estado oficializar acordo com os municípios do Grande ABC para a instalação de unidade regional da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) em Santo André o projeto segue sem prazo para sair do papel. A promessa era a de que o serviço fosse implantado ainda neste ano, no entanto, depende de aval da Secretaria Estadual da Saúde.

Apresentado no início do ano passado, o projeto da Cross regional tem como objetivo garantir aos pacientes da região que aguardam na fila por procedimentos que eles serão atendidos em equipamentos instalados no Grande ABC, como é o caso dos hospitais estaduais Mário Covas, em Santo André, e Serraria, em Diadema, assim como nos AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades). Atualmente, com o controle de vagas sendo feito pelo Estado, moradores das sete cidades acabam sendo encaminhados para atendimento na Capital ou em cidades da Região Metropolitana, o que dificulta o tratamento.

Segundo o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Orlando Morando (PSDB), entretanto, o projeto esbarra em entraves políticos. “Já era para estar tudo pronto, mas infelizmente nem todos pensam igual. Democracia é isso. Mas essa culpa não cabe nem a mim nem ao doutor Geraldo Reple (secretário de Saúde de São Bernardo e coordenador do Grupo de Trabalho ligado ao tema no Consórcio). Se dependesse de São Bernardo, a Cross regional já estaria funcionando. Mas, politizaram o assunto e a gente espera que possa ser resolvido”, enfatizou Morando, referindo-se ao atual governador e candidato à reeleição, Mário França (PSB).

Embora municípios da região, por meio do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, tenham cumprido todas as exigências necessárias para o andamento do projeto, com entrega da documentação necessária ao Estado, a instalação da Cross, segundo Morando, dificilmente terá avanço nos próximos meses. “É importante frisar que perdemos grande oportunidade. Isso já estava resolvido na gestão do Geraldo Alckmin (PSDB). Tivemos uma troca de governo e, provavelmente, isso não irá se resolver agora, especialmente dentro deste processo eleitoral”. frisa. Alckmin renunciou no dia 6 de abril ao cargo de governador de São Paulo, após quase oito anos no posto, para concorrer à disputa da Presidência da República, sendo substituído por Márcio França.

Sem detalhar prazos, a Secretaria do Estado da Saúde afirma que “estão em andamento medidas técnicas e administrativas para implantação de complexos reguladores regionais por todo o Estado, com suporte da Cross.”

Ontem, durante assembleia de prefeitos no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, municípios voltaram a pressionar o governo do Estado também sobre a paralisação do projeto de descentralização da farmácia de alto custo do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, prevista para ocorrer no primeiro semestre deste ano e que não foi efetivada até o momento.

“O projeto está na mão do governo do Estado. Nossa parte já está resolvida. São Bernardo, inclusive, está com tudo pronto e o Poupatempo já tem o espaço determinado”, disse Morando. O projeto prevê que os medicamentos sejam distribuídos nas unidades dos Poupatempos.

Licitação para patrulhamento aéreo no Grande ABC é aberta

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC anunciou ontem a abertura da licitação do processo de implementação do plano de patrulhamento aéreo regional, a ser realizado pelor equipes da GCM (Guarda Civil Municipal). A expectativa é a de que o processo seja finalizado ainda neste ano.

“Já foi finalizado o termo de referência e agora entra no processo de licitação. Nós queremos ter o processo finalizado até a final da gestão”, disse o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio, Orlando Morando (PSDB), ontem, durante assembleia dos prefeitos na entidade regional.

O projeto, inédito da região, fará parte das ações diárias da GCM que, com a medida, passará a incorporar na sua rotina de atividades o patrulhamento aéreo de locais vulneráveis e nas áreas de divisa.

A estimativa é que o projeto tenha custo estimado de R$ 210 mil mensais, valor que pode sofrer queda durante o processo licitatório conforme projeção da entidade. O montante será empenhado no pagamento da locação do helicóptero, além de custos com combustível e profissionais.  




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