Política Titulo Sem informalidade
S.Bernardo regulariza descanso de guardas

Governo Morando transforma em lei folga mensal informal na GCM atribuída na gestão Marinho

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
02/08/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Prefeitura de São Bernardo vai regulamentar a folga mensal de GCMs (Guardas-Civis Municipais), já que hoje o descanso é informal e sem amparo legal. A Câmara aprovou ontem projeto de lei do governo do prefeito Orlando Morando (PSDB) que estabelece legalmente o repouso e corrige distorção administrativa herdada da gestão do ex-prefeito Luiz Marinho (PT).

O governo petista autorizou, extraoficialmente, que guardas com jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso pudessem folgar uma vez por mês, totalizando 11 benefícios ao ano – o 12º está inserido no gozo de férias. Porém, como essa benesse não era oficializada, havia risco de a Prefeitura ter de responder judicialmente pelo caso.

“Estamos corrigindo um grave erro da administração pública, transformando em lei uma folga mensal aos quadros da GCM e da Saúde, que trabalham no período de 12 por 36 horas. Antes, esse descanso era oferecido de maneira informal, sem qualquer tipo de amparo legal. É uma folga merecida, que agora está oficializada e prevista na nossa legislação municipal”, comentou Morando.

A medida vai regulamentar o descanso para 820 funcionários da guarda. “A proposta tem como objetivo trazer segurança jurídica na aplicação do benefício, o que não ocorria anteriormente. A proposta também determina a proibição de jornada superior a 12 horas por plantão, com exceção de casos justificados. Em caso de extrapolação de horas serão devidamente remunerados, com acréscimo de 50% sobre o período”, informou a administração tucana, em comunicado à imprensa.

Líder do governo Morando na Câmara, Ramon Ramos (PDT) afirmou que o projeto vai corrigir “baita irresponsabilidade” cometida pelo governo petista. “Havia risco de o Ministério Público questionar a aplicação da folga sem os amparos legais. Assim, o antigo comando da guarda teria de responder por isso, bem como havia possibilidade de os servidores que já haviam gozado dessas folgas terem de pagar de alguma maneira. O governo prezou pela lei e acertou em acabar com esse absurdo.”

O projeto recebeu 18 votos favoráveis e sete contrários. Agora, o texto vai para sanção de Morando, que deve ser publicada amanhã no Diário Oficial municipal.

Segundo Ramon, essa distorção administrativa gerava descompasso de 70 guardas-civis diariamente no efetivo diário. “O governo tem olhado com carinho para a GCM. Comprou 50 viaturas novas, transformou servidores celetistas (regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho) em estatutários. Adquiriu coletes, armamento, munições. Além do fato de o concurso público aberto pelo governo oferecer 100 vagas de guardas. Mostra que o governo caminha em consonância com o que pede a população: mais Segurança Pública.”

Outro projeto aprovado ontem pelos vereadores estabelece gratificação especial a guardas que conduzem bicicleta, embarcação, viatura descaracterizada ou qualquer outro veículo, e para os vigilantes que conduzirem veículo ou motocicleta pertencentes da frota municipal. Antes, só GCMs que dirigiam viaturas ou motocicletas recebiam o adicional. 




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