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Trombose venosa mesentérica - Dr. Leo Kahn

A Trombose Venosa Mesenterica é uma patologia vascular isquêmica venosa, aonde em 95% dos casos a veia acometida é a mesentérica superior. De início insidioso, chega a ser responsável por dez a 15% de todos os casos de isquemia intestinal.

Por Dr. Leo Kahn
17/02/2017 | 07:00
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 O mesentério é um órgão de dobra dupla do peritônio que une o intestino à parede do abdômen, sendo responsável pela sustentação e irrigação sanguínea das vísceras.

A TVM é uma patologia vascular isquêmica venosa, aonde em 95% dos casos a veia acometida é a mesentérica superior. De início insidioso, chega a ser responsável por dez a 15% de todos os casos de isquemia intestinal.

 

Apresenta-se de três formas distintas:

Aguda – inicialmente a sintomatologia é exuberante e desproporcional aos achados físicos, mas com rápida evolução para enfarte intestinal e perfuração com peritonite.

Subaguda – a dor abdominal persiste ao longo de dias ou semanas, mas sem enfarte intestinal pelo desenvolvimento de colaterais.

Crônica – não ocorrem sintomas durante a instalação de trombose, manifestando-se posteriormente por sinais de hipertensão portal.

A taxa de mortalidade entre os pacientes varia de 20% a 50% e a sobrevida depende de vários fatores, como idade, presença ou ausência de comorbidades e tempo entre o diagnóstico e a intervenção cirúrgica.

 

Fatores de risco:

Uso de anticoncepcional.

Tumores.

Policitemia vera.

Deficiência de proteína C e proteínas S.

Deficiência de antitrombina 3.

Cirurgia na região abdominal.

Pancreatite.

Hipertensão porta.

Esplenomegalia.

Doença descompressiva.

Hemoglobinúria paroxística noturna.

Infecção.

 

Sinais e sintomas:

Dor abdominal que pode intensificar-se após uma refeição;

Distensão abdominal;

Diarreia;

Hemorragia gastrointestinal;

Vômito.

O diagnóstico é realizado pelo médico através do histórico e exame físico, associado a exames laboratoriais e de imagens como tomografia computadorizada, angiografia, ressonância magnética e ultrassonografia das veias mesentéricas.

 

Saiba mais:

O uso de contraceptivos orais é responsável por 9% a 18% dos episódios de trombose mesentérica em mulheres jovens.

Três influências primárias predispõem à formação de trombo, chamada tríade de Virchow: lesão endotelial, estase ou turbulência do fluxo sanguíneo e hipercoagulabilidade sanguínea.

As manifestações clínicas dependem da extensão do trombo, do tamanho dos vasos acometidos e da invasão das camadas da parede intestinal.

Quando a isquemia é restrita à mucosa, as manifestações consistem em dor abdominal e diarreia; no caso de isquemia transmural, ocorre necrose com sangramento gastrointestinal, perfuração e peritonite.

A apresentação clínica clássica é dor abdominal tipo cólica em mesogástrio; náusea, vômito, anorexia e diarreia.

Hematêmese, melena ou hematoquezia ocorre em 15% dos pacientes e sangramento oculto ocorre em 50% dos casos.

Cerca de metade dos pacientes tem história pessoal ou familiar de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar.

O tratamento imediato, antes de haver necrose intestinal, pode levar a uma boa recuperação.

 




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