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Brincando de Kart
Por Vagner Aquino
Enviado a Itu
03/08/2011 | 07:00
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Divulgação


Praticamente todo apaixonado por automobilismo já deu uma voltinha de kart. Mas essa brincadeira pode se tornar melhor...

Pensando nisso, a Mini resolveu criar o Mini Day. Como o próprio nome sugere, um dia inteiro pilotando os modelos da marca numa pista de kart - mais precisamente no Kartódromo Arena Schincariol, em Itu, interior de São Paulo.

Lá, a grande novidade era o Mini Cooper S Cabrio John Cooper Works, um nome grande, que pode ser abreviado como Cabrio JCW.

Para especificar melhor, quem leva este sobrenome necessariamente inclui alguns apetrechos no interior e na estética - dentre os principais destaques estão as inscrições John Cooper Works/CF na carroceria e as rodas de 17 polegadas.

E claro que a mecânica também não foi esquecida aqui.

Como em todas as versões, o bloco tem 1,6 litro, turbo, quatro cilindros em linha e injeção direta de gasolina, mas a grande diferença é que a configuração despeja 211 cv a 6.000 rpm - a mesma potência dos exemplares que disputam o Mini Challenge. O torque fica em 26,5 mkgf entre 1.850 e 5.600 rotações.

Auxiliado pelo câmbio manual de seis marchas acertado (obrigatório para receber essa nomenclatura), vai da inércia aos 100 km/h em 6,9 segundos. A velocidade máxima é de 235 km/h.

Por ele a marca inglesa controlada pela BMW pede R$ 149.950, tornando-o o mais caro do portfólio.

Ainda não há expectativa de quantas unidades deverão ser comercializadas até o fim do ano, mas suas pré-vendas foram iniciadas na última semana.

ACEITAÇÃO

E o fato é que a Mini está caindo no gosto do brasileiro. Pelo jeito a proposta de unir beleza e espírito esportivo vem dando certo. Lançada há pouco mais de dois anos por aqui, a marca cresceu 70% em 2010 (em relação a 2009) quando vendeu, em média, 1.000 unidades.

Sob a estratégia de trazer um modelo para cada perfil de cliente, Jörg Henning, presidente da BMW no Brasil, afirma que "a meta agora é chegar às 2.500 unidades até o fim de 2011."

E isso não será difícil, pois só o Mini One, lançado no mês passado em terras tupiniquins, já emplacou mais de 100 unidades.

Mas será que a família Mini é realmente tão empolgante assim?

Sim, já vou logo falando!

E para conferir o motivo desta aceitação, pilotamos (Ops, dirigimos) cinco modelos da marca: Countryman, Cooper JCW, Clubman Hampton, Cooper S e Cooper Cabrio.

Hora de dar a partida no motor 

Com a sequência dos carros em mãos, aliás, em mente, lá fomos nós até os boxes do kartódromo, onde a fila de Mini nos convidava para dar uma voltinha - no caso, três em cada modelo.

Mas antes de corresponder aos olhares de cada um dos membros da família, o primeiro passo aqui é colocar a balaclava e o capacete. Pois apesar de estarmos guiando carros de passeio, o cenário e o espírito de corrida toma conta do kartódromo (e do teste) em que, acima da diversão, vem a segurança.

Com tudo acertado, hora de se direcionar ao primeiro veículo do dia (o Countryman, que parte de R$ 108.750).

Mesclando tradição e modernidade, por dentro do modelo salta aos olhos o velocímetro gigante. A ótima empunhadura do volante e a ergonomia (auxiliada pelas regulagens do banco e volante) me fazem perceber a gritante diferença em relação às reais corridas de kart. Ao contrário dos tradicionais carrinhos, o conforto a bordo do Mini é incontestável.

Chave na ignição, pé no freio, dedo na tecla Start/ Stop. Pronto, o motor está ligado. O forte ronco do bloco 1.6 de 120 cv a 6.000 rpm soa como música. A fileira começa a se movimentar e, quanto mais fundo piso no acelerador, mais forte é a emoção da pilotagem.

JCW

É tudo muito rápido, quando dou por mim, já estou no segundo carro. Desta vez um Cooper JCW (R$ 139.950). Por fora, o que mais chama a atenção é o teto quadriculado. Na pista, impressiona a agilidade do câmbio manual de seis marchas, com engates muito precisos. Trepidação aqui... nem pensar.

O motor segue a configuração do modelo conversível, salvo a aceleração entre 0 e 100 km/h (feita em 6,5 segundos) e a máxima, que atinge 238 km/h.

Desbravando as curvas com o carro à mão 

E é no terceiro carro que a coisa esquenta. Com extrema imponência, a série especial Clubman Hampton (R$ 129.950) traz um aspecto um tanto quanto mórbido devido à vestimenta totalmente negra (inclusive as rodas, de 17 polegadas).

Com muito nervosismo, os 184 cv e 24,5 mkgf de torque disponíveis já às 1.500 rotações deixam metros e metros de asfalto para trás em questão de segundos...

E é abusando do pedal direito que constato a fúria do veículo. Ao combinar alta velocidade e curvas fechadas levo uma rasteira do tradicional inglês, que dá uma pequena derrapada no cimento da pista. Algo facilmente corrigido com um leve toque no volante e, claro, com o trabalho dos controles de tração e estabilidade, que nem me atrevi a desligar, pois o teste serve para conferir a manobrabilidade do carro e não o passo a passo do funcionamento dos seis airbags...

Por fim, testo os modelos Cooper S e Cabrio, que, apesar da pegada forte, trazem proposta mais urbana. Mas é inegável que a variante conversível traz consigo um charme à parte.




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