O vereador Jotão tem caminho pavimentado para se tornar o próximo presidente do PSDB de Mauá os próximos dois anos. Atual mandatário do tucanato municipal, Márcio Canuto aceitou abrir espaço para o correligionário e deve compor a executiva municipal do partido. Integrantes do diretório se reunirão amanhã no encontro que pode sacramentar a candidatura consensual do parlamentar na eleição marcada para o dia 17 de março.

Caso assuma o PSDB mauaense, Jotão terá o desafio de reestruturar a legenda no município, que teve uma candidatura conturbada ao Paço com o ex-vereador Edimar da Reciclagem, quinto mais votado no pleito municipal com 7.350 votos, ou 3,7% dos válidos.

Por meio de Jotão, o partido conseguiu manter a cadeira na Câmara, mas não mostrou força para aproveitar a candidatura majoritária ao Paço como forma de expandir a influencia tucana no Legislativo. "Se assumir a presidência, conversarei com os candidatos (à vereança) que tiveram a maior quantidade de votos para mantê-los (no partido). Pretendo reestruturar o PSDB de Mauá e tenho como meta preparar o partido para eleger até quatro vereadores (em 2016)", salientou o tucano.

Apesar da votação expressiva com a adesão de 2.457 eleitores, Jotão terá de achar uma forma de fortalecer as bases tucanas em Mauá para cumprir essa meta ambiciosa. Afinal, os demais candidatos a vereador sequer chegaram a marca de 1.000 sufrágios e a agremiação não tirou vantagem do aumento do número de cadeiras na Casa, de 17 para 23 na atual legislatura, como forma de obter mais espaço.

Uma das promessas do tucano para obter consenso interno na agremiação é dar maior suporte do diretório municipal aos postulantes ao Parlamento em 2016. Embora evite criticar Canuto, afirmando que nunca fez parte da executiva municipal, ele admite a falta de apoio da sigla na eleição de outubro. "Tive que me empenhar (para me eleger vereador) com recursos próprios e com ajuda de amigos."

Sobre o futuro incerto de Edimar no PSDB, Jotão afirma que, se Canuto não expulsá-lo da legenda, não será ele o responsável pela desfiliação do ex-prefeiturável. "Seria desgastante e somos amigos. As divergências são assuntos deles". conclui.