Setecidades Titulo Depois dos protestos
Vandalismo na
região gera prejuízo
de R$ 54,5 mil

Em Mauá, números se referem a equipamentos e estruturas danificados na 6ª feira em manifestação

Rafael Ribeiro e Thaís Moraes
Do Diário do Grande ABC
25/06/2013 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Atos de vandalismo durante manifestação contra o preço da tarifa do transporte público, que reuniu na sexta-feira cerca de 5.000 pessoas em Mauá, trouxe saldo negativo para a cidade de R$ 54,5 mil. Os números foram divulgados ontem pelo prefeito Donisete Braga (PT).

Os valores contabilizados em equipamentos danificados de mobilidade urbana somam R$ 35.150, sendo dois semáforos de pedestre, dois semáforos repetidores, dez focos de LED, oito suportes de placa, sete placas de sinalização e um radar.

Já a Secretaria de Serviços Urbanos registrou R$ 19.350 em gastos, com danos em 115 lixeiras, 15 vasos de flores do bulevar, três portões e quatro grades, vidros do prédio da Secretaria de Educação e para-brisa de veículo quebrado.

Segundo o prefeito, as equipes do município já estão trabalhando para reverter os estragos. “Vamos apoiar qualquer manifestação na cidade e o governo sempre estará aberto para receber as reivindicações. Mas não vamos aceitar a ação de saqueadores. Imagens serão passadas para que a polícia possa localizar responsáveis e instaurar inquéritos sobre os danos causados. Se houver outros protestos daremos todo o suporte para que se preserve patrimônios públicos e privados da cidade”, afirmou Donisete.

Em relação aos prejuízos registrados nos comércios, ainda não há estimativa sobre valores. “O levantamento deve ocorrer durante a semana, já que alguns comerciantes ainda não se manifestaram”, explica o presidente da Aciam (Associação Comercial e Industrial de Mauá), Eli de Oliveira. Até o momento, seis estabelecimentos registraram boletim de ocorrência.

Durante a noite de protestos, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do município realizaram 18 atendimentos e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) atendeu três pacientes. Não houve nenhum caso greve. No Hospital Nardini, um homem segue internado após ser encaminhado com traumatismo craniano proveniente de agressão, e uma mulher que entrou em trabalho de parto dentro de carro durante congestionamento no Rodoanel só conseguiu chegar à unidade com a ajuda de policiais militares.

De acordo com a PM (Polícia Militar), 180 homens trabalharam durante a manifestação. A equipe também sofreu com os atos de vandalismo e teve quatro viaturas depredadas, duas do 3º Batalhão de Mauá e duas do reforço enviado por Santo André.

PM sugere modelo argentino para manifestantes pacíficos

A PM (Polícia Militar do Grande ABC) sugeriu ontem que participantes dos atos públicos copiem modelo usado na Argentina nas situações de descontrole e se sentem no chão em caso de confronto de policiais com vândalos.

Segundo a corporação, o método facilita a identificação dos responsáveis pelas cenas de violência, como as ocorridas na última semana, focando a atuação policial somente no grupo de possíveis infiltrados dentro dos manifestantes pacíficos.

“As pessoas precisam ter responsabilidade. E nos ajudar na identificação de quem está atrapalhando a ordem”, disse o major Telmo Araújo, chefe da divisão operacional da PM na região.

Ao todo, 12 pessoas foram detidas em São Bernardo e Mauá por furto qualificado nos saques ocorridos às lojas. Cinco viaturas foram depredadas pelos vândalos e 12 policiais ficaram feridos com escoriações graças às pedradas recebidas.

Para esta semana, a corporação seguirá com seu gabinete de risco fiscalizando as manifestações que ocorrerão. Araújo aponta que, em situações de alerta, a meta inicial da PM é primeiro fazer a ocupação do terreno e negociar com os líderes da manifestação. Caso ocorra como em Mauá, a alternativa é mesmo o uso de munições de efeito moral. “O objetivo é dispersar a multidão”, disse.
 




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