Pelo menos na teoria, ninguém pode acusar Tite de retranqueiro. Afinal, o técnico aposta no tradicional 4-4-2 do Corinthians para encarar o Rio Branco, às 20h30 de quinta-feira, no Pacaembu, na seqüência do Estadual. O treinador decidiu manter dois zagueiros, só um volante no combate (Wendell) e dois meias ofensivos (Carlos Alberto e Dinélson). O comandante se rendeu ao que ele viu no segundo tempo dos jogos diante do Mogi Mirim, Sampaio Corrêa e Inter de Limeira. Segundo ele, o esquema respondeu ofensivamente bem melhor nestes confrontos.

Na opinião de Tite, Dinélson continua porque se adaptou facilmente, além de repassar confiança como titular. Outra novidade na zaga é a estréia de Marinho. Ele substitui Ânderson e promete um duelo especial na tentativa de tomar a vaga do capitão, que quarta-feira compôs o grupo de Carlos Alberto Parreira no amistoso do Brasil em Hong Hong. Ainda sem Gil no ataque (recupera-se de uma contratura na coxa direita), Tite confirmou o garoto Jô e o argentino Carlos Tevez – este nunca pisou antes no Pacaembu. No entanto, Betão já confidenciou ao colega de quarto. “O Carlitos vai sentir de perto a força da Fiel. É o que eu disse a ele: não dá para imaginar o barulho da torcida ao gritar o nome da gente num estádio menor”, reafirmou Betão, ao estabelecer comparações entre os estádios do Pacaembu e o Morumbi – local da estréia de Carlitos Tevez contra o América na frente de 48 mil torcedores.

Betão aproveitou para contar detalhes do companheiro de quarto. “Ele fica o tempo todo atrás da família pela internet. É um cara fácil de se lidar. Simples, humilde, não tem frescura. A própria torcida já percebeu isso. Só a carne brasileira ele achou um pouco dura. Mas em nenhum momento ele reclamou da comida. Até agora não vi ele reclamar de nada”, elogia.