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Funcionário do mês: Sprinter 313
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
29/12/2010 | 07:15
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Quem disse que trabalho pesado é a mesma coisa que sofrimento? Partindo de R$ 100 mil, o furgão Mercedes-Benz Sprinter 313 CDI (teto alto) é a prova de que, com itens básicos de conforto, o cotidiano no caótico trânsito urbano, ou mesmo rodoviário, pode ser algo menos desgastante e pouco mais prazeroso.

O operário sobre rodas tem bom conjunto mecânico. O motor 2.2 de quatro cilindros em linha turbocooler a diesel desenvolve 129 cv de potência a 3.800 rpm e torque adequado de 31 mkgf entre 1.600 e 2.400 rpm. A transmissão pode ser manual ou automatizada de seis velocidades (opcional). A tração é traseira.

O Sprinter foi desenvolvido para labutar. Com 1.510 quilos de capacidade de carga (5,64 metros de comprimento/1,92 metro de largura/2,59 metros de altura/3,55 metros de distância entre os eixos), o furgão tem talento para transportar não apenas cargas pesadas, mas também grandes objetos. O acesso à parte traseira é facilitado pela porta lateral direita corrediça (existe a opção de porta lateral corrediça também do lado esquerdo) e pelas portas traseiras (com estribo), que abrem completamente e ficam presas (abertas) por imãs na lataria.

Destaque também para o assoalho baixo, o que agrega praticidade à operação de carga e descarga.

NA CABINE

O Sprinter 313 CDI traz de série rádio CD player, direção hidráulica, air bag para o motorista, rodas de 15 polegadas, banco duplo dos passageiros, vidros e travas elétricas. Ar-condicionado, caixa de transferência automatizada e air bag para o passageiro são opcionais. No caso da bolsa inflável também para o carona, o assento central para o terceiro ocupante é retirado.

Falta, no entanto, ajuste de altura do banco do motorista - coluna de direção não oferece nenhum tipo de adaptação de profundidade ou altura. Ponto positivo para o painel de instrumentos, que avisa quantos quilômetros faltam para a revisão básica ou a mais complexa.

AVALIAÇÃO

Descemos e subimos a serra pela Rodovia Anchieta para avaliar o desempenho do furgão carro-chefe da Mercedes, com cerca de 60 unidades vendidas por mês. A disponibilizada pela marca foi a versão com transmissão automatizada, que permite também trocas manuais por intermédio da alavanca e que custa R$ 113 mil. A primeira sensação é de segurança. Alta e com ampla área envidraçada, a visibilidade é total. O bom posicionamento dos espelhos retrovisores externos, que possibilitam enxergar até mesmo os motociclistas mais ousados, agrada.

O bloco está em sintonia com o câmbio. O escalonamento é bom e as trocas ocorrem sem trancos desconfortáveis, como algumas caixas robotizadas de veículos de passeio. A 90 km/h e com lastro de 900 quilos, o conta-giros marca somente 2.100 rpm.

O silêncio não impera dentro da cabine. O barulho característico do propulsor a diesel turbinado está presente, mas longe de ser desconfortável. É possível conversar normalmente, sem elevar o tom de voz. O acabamento interno é ideal para o trabalho, com muitas peças de plástico rígido sem rebarbas. Os encaixes, é preciso exaltar, são ok.

Na subida da serra, o furgão voltou a mostrar destreza. Em nenhum momento acusou dificuldade em executar ultrapassagens sobre os caminhões que obrigatoriamente utilizam a Anchieta. Aproveitando o gancho, é necessário ressaltar que, assim como os caminhões, o Sprinter 313 CDI deve respeitar a legislação que restringe a circulação de veículos pesados pela cidade de São Paulo.

VEREDICTO

O Sprinter 313 CDI é um bom funcionário. No popular, é um excelente carregador de piano. Tem conforto e desempenho sob medida, além de boa capacidade de carga. Merece o prêmio de funcionário do mês.




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