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Processo eleitoral de metalúrgicos começa com problemas na Justiça
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
21/02/2005 | 13:37
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Uma decisão liminar da Justiça causou  problemas ao início do processo de eleição do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à CUT, domingo. A medida tomada no último dia 17 pela 4ªVara Federal do Trabalho de Santo André em favor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – que é vinculado à Força Sindical –, e divulgada no sábado, determina que a entidade da CUT não pode realizar qualquer “ato assembleiar” em relação à base territorial do sindicato da Força.

Com isso, a assembléia geral eleitoral feita domingo pela manhã pelos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, aprovou com ressalvas 100 comitês sindicais, a partir dos quais serão indicados delegados para concorrer à eleição à diretoria do sindicato. A ressalva foi feita já que para indústrias de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande (como TRW, LG Philips e Eluma) a homologação dos comitês ainda não tem validade. “O resultado da assembléia para as empresas desses municípios não tem efeito prático, só depois da decisão na Justiça”, diz José Lopes Feijóo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Feijóo afirma que o sindicato vai trabalhar para reverter a determinação da Vara Federal do Trabalho e acrescenta que o que tem de valer é a vontade do trabalhador. Ouvido pelo Diário, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande, Cícero Martinha Firmino da Silva, disse que possui o respaldo de outra decisão (para a qual também cabe recurso), do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que também foi favorável a que a base nesses municípios é da entidade ligada à Força.

Já o dirigente dos Metalúrgicos do ABC afirmou que a entidade da CUT está com recurso no Superior Tribunal Federal contestando a decisão do STJ. Ele diz ainda que o projeto de reforma sindical definido no Fórum do Trabalho, se aprovado, evitará problemas desse tipo.

Sucesso – Apesar da ressalva, Feijóo considerou bem sucedido o início do processo eleitoral que vai definir o novo presidente de uma das categorias mais importantes e mais influentes do país, devido à grande participação de sócios – 778 compareceram domingo para votar – e à ampliação do número de empresas que passaram a ter comitês, de 76 em 2002 para 100 no pleito atual.

Além da maior representação, a assembléia de domingo definiu por unanimidade a comissão eleitoral que vai conduzir o processo e um calendário para a eleição, que vai durar três meses e que inicialmente servirá para eleger os representantes nas indústrias.

Pelo calendário aprovado, o período de inscrição de chapas para os representantes dos comitês vai de 1º a 7 de março. Dias 12 e 13 de abril haverá a eleição dos representantes. A partir desse grupo é que serão escolhidos candidatos para concorrer, nos dias 31 de maio e 1º de junho, ao conselho diretor, e nos dias 31 de maio e 13 de junho, ao conselho fiscal e à diretoria executiva. O mandato dos diretores é de três anos.



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