O Corinthians se reapresenta amanhã e Alexandre Pato provavelmente estará no grupo de jogadores que chegará ao CT Joaquim Grava. O atacante não esperava voltar e a diretoria também não desejava o seu retorno. A expectativa era negociá-lo com algum clube do Exterior antes da retomada dos trabalhos de olho na preparação para 2016. O Timão viajará para a Florida Cup na semana que vem.

Talvez o único a esfregar as mãos seja o técnico Tite. O campeão brasileiro sofreu com número curto de atletas para a posição e, mesmo assim, tirou leite de pedra. Foi assim com Guerrero, antes de se transferir para o Flamengo, depois Luciano, que se machucou quando vivia ótimo momento, e depois emplacou Vagner Love, quando o torcedor nem acreditava que o camisa 99 pudesse dar conta do recado. Lucca, vindo do Criciúma, se transformou no talismã da conquista no melhor estilo Tupãnzinho. Alexandre Pato é melhor do que quase todos que estiveram na campanha do hexa. O problema é a indiferença do atacante e a falta de ‘tesão’.

A primeira passagem dele ficou marcada pelo pênalti cobrado em Dida nas quartas de final da Copa do Brasil de 2013 contra o Grêmio. A eliminação não foi perdoada pela torcida. O empréstimo para o São Paulo foi proveitoso ao Tricolor e mais ainda ao atleta. Foram 101 jogos, 38 gols e ele se transformou no principal jogador da posição, desbancando até o ídolo Luís Fabiano. Com certeza Tite ficou de olho e, assim como o trabalho foi benfeito em 2015, ter Pato no elenco acrescentará bastante. Talvez por isso o treinador seja o único a comemorar a volta e a possível permanência. Basta a China deixar.

Lugano

O zagueiro não se reapresentou ao Cerro Porteño e deixou praticamente certa a volta ao São Paulo. O defensor vai ocupar a lacuna deixada por Rogério Ceni na questão da liderança e a dúvida é a questão técnica. Dez anos mais velho após o título mundial, resta saber se o uruguaio vai aguentar o ritmo de duas partidas por semana e sequência impiedosa de campeonatos a serem disputados pelo Tricolor.

Cruzeiro

A diretoria fez certo em efetivar Deivid no comando do time e a experiência do ex-atacante vai começar para valer nesta semana. Soma-se a isso a aposta em Thiago Scuro, responsável por cuidar do futebol fora de campo. Treinador jovem e dirigente capacitado e sem ‘vício’ são bom caminho. Basta a diretoria não ceder logo na primeira crise.