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Andreenses buscam transporte público para o tratamento médico da filha no Interior

Sophie, 6 meses, tem Síndrome de Pierre Robin e passa por atendimento em Bauru

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
17/11/2019 | 07:00
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DGABC


Moradores do Parque Gerassi, em Santo André, o churrasqueiro William Lacerda Croque, 31 anos, e a mulher, a assistente fiscal Pamela de Campos, 27, buscam alternativa para viabilizar o tratamento médico da filha, Sophie, 6 meses. A bebê, diagnosticada com Síndrome de Pierre Robin ou Sequência de Robin – caracterizada pela mandíbula diminuída, retração da língua e obstrução de vias superiores –, foi selecionada para receber terapia no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP (Universidade de São Paulo), em Bauru, no Interior do Estado, e a família solicita auxílio municipal para o transporte.

Após observar que Sophie apresentava fenda palatina – separação do lábio superior – e tinha dificuldade para mamar, a família procurou auxílio médico especializado na tentativa de resolver o problema. Croque foi até a Funcraf (Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-faciais) de Santo André, onde foi orientado a procurar uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e solicitar o encaminhamento. “Quando cheguei à unidade de saúde, os atendentes não sabiam como fazer o encaminhamento, aliás, não sabiam que existia a Funcraf. A própria fundação precisou ligar na UBS e ensinar a funcionária a fazer o pedido”, comenta. Passados 30 dias, funcionário da UBS informou ao pai que o procedimento havia sido realizado de forma errada e era preciso refazê-lo.

Diante da incerteza da terapia e da passagem do tempo, Croque buscou atendimento no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP. “Depois de uma semana, recebi uma ligação que ela começaria a passar por tratamento lá”, lembra. O atendimento de Sophie foi iniciado em 1º de outubro via SUS (Sistema Único de Saúde), no Interior.

As consultas e exames da bebê são feitos mensalmente e, com as viagens, a família afirma gastar pelo menos R$ 1.400, incluindo despesas como estadia em hotel, gasolina, alimentação e pedágio. Na tentativa de amenizar os custos, Croque novamente procurou a administração municipal para solicitar benefício chamado TFD (Tratamento Fora de Domicílio), na esperança de que o transporte de Sophie fosse realizado pela rede pública. No entanto, conforme a família, a ajuda foi negada. “Disseram que burlei o sistema da cidade e negaram a solicitação. Apenas fiz meu papel de pai”, considera.

A Prefeitura de Santo André informou que, para ter acesso ao TFD, o interessado precisa dar entrada na solicitação na Praça de Atendimento municipal, no Paço, com antecedência mínima de 15 dias da consulta. É necessário, ainda, apresentação de carta de agendamento do local em que o paciente fará o tratamento e documentos pessoais. A administração não detalhou os motivos da negativa do benefício para Sophie.




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