Isis Correia
Do Diário do Grande ABC
16/06/2008 | 07:02
Pelo menos 300 aposentados da região podem ficar sem convênio médico por conta de um impasse entre a Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Grande ABC e a empresa Amesp Saúde, hoje sob a marca Medial.
De acordo com a associação, a empresa cancelou o contrato há cerca de um mês. A Amesp, por sua vez, informou que convênio e entidade não chegaram a um acordo para continuar o contrato e não esclareceu quem o rescindiu. "Fizemos o plano Amesp em 1998. Um ano e meio depois, o convênio já queria rescindir o contrato com a associação alegando prejuízo, ou seja, o que os associados pagavam não cobria tudo o que usavam", explica a gerente administrativa da associação, Meire Martine.
Segundo Meire, naquela época, a Justiça concedeu uma liminar obrigando a continuidade dos serviços do convênio para os associados, a maioria idosos.
A decisão beneficiou pessoas como a aposentada Irene Tranchetti Iurescia, 80 anos, de Santo André.
"Minha mãe tem Mal de Parkinson e quatro estentes no coração (pequena mola colocada na artéria para desobstrução). Ela não tem condições de entrar em um novo convênio, pois existe carência", reclama a filha de Irene, a dona de casa Fiorella Iurescia Quintieri, 50 anos.
De acordo com a Amesp, a Associação dos Aposentados foi avisada com antecedência do cancelamento do plano, mas não informou os associados. Segundo a gerente administrativa da associação, foi o convênio que desfez o contrato.
De acordo com a assistente de direção do Procon- Mauá, Marcia Antico Barbosa, caso o convênio tenha rescindido contrato, os beneficiários devem pedir para que a associação entre na Justiça novamente pedindo a continuação dos serviços.
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