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Prefeituras descartam rodízio de carros
Por João Guimarães
Do Diário do Grande ABC
16/04/2008 | 07:00
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A possibilidade de se implantar um rodízio de veículos no Grande ABC sugerida pelo executivo de Santo André não animou os responsáveis pelo trânsito das outras Prefeituras da região.

Nas menores cidades, o pensamento é que o sistema é desnecessário. De acordo com a Prefeitura de Rio Grande da Serra, o sistema não é viável devido à pequena demanda de veículos existente, o que não cria problemas de tráfego.

De acordo com o gerente de trânsito de Ribeirão Pires, Tenente José Vicente de Almeida Moraes, a situação do viário da cidade não requer um rodízio. “Nossos problemas são com as vagas de estacionamento, por isso usamos zona azul em alguns pontos.”

Em Mauá, o secretário de serviços urbanos, Paulo Roberto de Sousa, disse que o assunto deve ser estudado. “Eu não sei até onde é necessário. Se vigorar em Santo André, já desafogaria nosso trânsito”, declarou. Um estudo mais detalhado só será feito com a determinação do prefeito. “Isso foi proposto no consórcio, se ele (o prefeito) também quiser um estudo, vamos cumprir.”

Em nota oficial, o secretário de transportes de Diadema, José Francisco Alves, disse que não pretende implantar o sistema. Para ele, o município não necessita da iniciativa porque sua frota não atinge 20% da capacidade.

Segundo ele, em Diadema algumas áreas sofrem influência do fluxo de outras cidades, então, as soluções do trânsito não dependem exclusivamente do município.

O diretor de trânsito e vias públicas de São Caetano, Marcelo Ferreira de Souza, declarou que o rodízio seria a última ação tomada na questão da melhoria do tráfego. “Aqui, estamos fazendo recapeamento das vias, reprogramação de semáforos e alteração da direção de ruas”, disse. “Em último caso estudaremos um rodízio de veículos.”

Nenhum responsável de São Bernardo se manifestou sobre o assunto.

CAOS

Apesar de recusar o rodízio, nenhum executivo possui projetos eficazes para resolver a situação, fazendo com que muitos ainda sofram no trânsito da região.

Para o coordenador do MDT (Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade), Nazareno Affonso, ex-secretário de transportes de Santo André, o rodízio é válido, mas deve ser acompanhado de ações ligadas ao transporte público. “Pode-se aproveitar a oportunidade para colocar mais áreas para os ônibus, mais uma faixa, por exemplo”, afirmou. Para ele, acessos diversificados, como as ciclovias, também são válidos. “A bicicleta é uma solução quando existe segurança, principalmente para quem mora até 10km do trabalho.”



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