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Após incêndio em catedral da França, Diocese reforça supervisão

Levantamento sobre situação estrutural das paróquias da região é realizado pela Igreja

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
17/04/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Depois de incêndio que destruiu parte da Catedral de Notre-Dame, no Centro de Paris, na França, na segunda-feira, a Diocese de Santo André, responsável pelo Grande ABC, promete reforçar a cobrança pela segurança imobiliária das 105 paróquias e 264 comunidades e capelas espalhadas pelas sete cidades.

De acordo com o padre Marcos Vinícius, assessor jurídico e imobiliário da Diocese,o departamento já vinha realizando levantamento de alvarás de funcionamento, AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e certificados de conclusão de obras de todas as unidades católicas do Grande ABC. Entretanto, após o acidente na França, onde importante símbolo religioso de 856 anos foi atingido por fogo, a atenção será potencializada. Ele reforça que a Diocese vem cobrando das unidades que todo o processo seja realizado o quanto antes.

“Há preocupação por parte da Diocese com a regularização das paróquias desde antes deste acidente. Já temos grande parte das unidades com todos os documentos em dia, as que não tem, estão em processo de regularização”, afirmou, sem especificar quantas estão com documentação faltante.

O padre Joel Nery, vigário episcopal para pastoral da Diocese de Santo André e pároco da Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro, reforçou que o acidente na França mobiliza toda a comunidade diocesana a ficar mais atenta às questões de segurança. “Aquele velho ditado ‘botar a barba de molho’ se faz mais presente diante de uma tragédia como a que atingiu a Catedral de Notre-Dame. Os departamentos jurídico e imobiliário da Diocese já tinham essa preocupação, atenção e cuidado com questões de segurança. Esse processo só vai se intensificar”, ressaltou.

Para ele, o acidente serve de alerta e reforça a importância de que haja verificação recorrente. “A Diocese tem olhado para a preservação de segurança, tanto do bem material, como da população. Não estamos de olhos fechados.”

A equipe do Diário percorreu cinco das sete igrejas matriz da região – com exceção de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Destas, todas possuem os documentos de segurança em dia. Exemplo disso é a Igreja Matriz Sagrada Família, na região central de São Caetano. Segundo a secretária paroquial, Maria Ester Barnabé, 62 anos, todo ano, a Caep (Comissão Administrativa e Econômica Paroquial) faz pente-fino nos documentos e solicita as atualizações necessárias. “Nosso AVCB venceu no último dia 12, no entanto, o Corpo de Bombeiros agendou até sexta-feira para entregar novo certificado, pois a vistoria já foi realizada”, explicou,

Na Paróquia Imaculada Conceição, conhecida como Matriz de Mauá, no bairro Matriz, a secretária voluntária Mirza Silva, 58, explica que, por conta do colégio Bom Senhor ser ao lado, a Igreja, em conjunto com a escola, realiza vistoria anual. “Estamos reformando todo o telhado, que será totalmente trocado, além de que os canos, que são externos, serão cobertos”, ressaltou.

Nas igrejas de Santo André, no bairro Assunção, São Bernardo e Diadema, localizadas na região central, as secretarias paroquiais informaram que os documentos estão em dia, sendo que na andreense os certificados foram atualizados há cerca de dois meses, e, nas outras duas, no ano passado.




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